quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Casamento sim, adopção não

Lembro-me de ver um entrevista com o Júlio Machado Vaz, já não sei onde, onde ele explicava que, nos seus tempos de estudante, se faziam estudos para saber se os filhos de pais divorciados iam dar em coitadinhos ou em criminosos. Não sei se foram textualmente estas as palavras, mas sei o sentido com que o disse: assumia-se, naquele tempo, que os filhos de pais divorciados iam sempre padecer de qualquer coisa que tivesse directamente a ver com a separação, não se pondo a hipótese de crescerem em normalidade ou até em condições melhores do que se vivessem com ambos.
Assumia-se também, que os pais eram de sexos diferentes, até porque como se sabe pais de sexos iguais não conseguem fazer filhos sem ajuda de terceiros.
Surge esta conversa no seguimento da discussão do decreto-lei que se debruça sobre o casamento homossexual: na minha mais humilde e refutável opinião, quem gosta de alguém o suficiente para se casar com essa pessoa - seja lá de que sexo for - deve casar-se e fazer vida com ela.
Corre-se o risco - será um risco? - de, uma vez discutido o casamento, se passe para a matéria de adopção. Não vou dizer que os filhos (necessariamente) adoptados por um casal homossexual vão dar em coitadinhos ou criminosos ou no que quer que seja. Mas, confesso ser-me muito mais estranho que um filho seja criado por duas pessoas do mesmo sexo do que apenas por uma, divorciada ou viúva. Confesso que não me veria nunca a apresentar aos meus amigos os meus pais
- Olha este é o meu pai... e este é o meu outro pai.
...hã?
Não sei se é preconceito, mas é verdade. Nada tenho contra os homossexuais - apenas tenho contra as pessoas espalhafatosas, tenham elas as opções sexuais que tiverem, e isso era matéria para todo um outro post - mas por enquanto, porque me soa forçado e anti-natura, e acima de tudo estranho, sou contra.

2 comentários:

Paulito disse...

era matá-los, pronto!...

saltos altos disse...

ola carlinhos!!!!
i'm backkkk!!1ol
Este post é muito conveniente:)
ainda hoje estava a falar disto com amigas. Pois olha eu sou a favor do amor. Qualquer amor que seja, mulher- homem, homem-homem, mulher-mulher, cao-gato, enfim. O amor justifica tudo. E as coisas sentem-se da mesma forma, só que mais escondido devido à sociedade preconceituosa em que ainda vivemos. Sim pode parecer estranho ao inicio, relativamente à adopção. Mae e mae, pai e pai , lol. Mas sabes, há imensas criancas por ai a precisar de amor, e há milhentas pessoas homossexuais que "matavam" por poder amar uma criança mesmo que não fosse a delas. Então porque não?Se uns querem tanto receber e outros querem tanto dar?Afinal, como em tudo na vida, as pessoas medem-se pelas atitudes, e um gesto de amor, de carinho de compaixão é sem dúvida louvável