Não sei para onde vou. As horas sucedem-se. Os dias sucedem-se. E eu tenho saudades de quando as horas e os dias vinham devagar, uns a seguir aos outros, numa maré, confortante, de certezas absolutas. Tenho saudades de quem era quando o tempo me permitia ser alguma coisa e não apenas existir. É isso: agora existo. Existo simplesmente.
Estou cansada deste existir. Deste existir vazio. De desilusões. De pessoas. De tudo.
Estou cansada deste caminho. Deste caminho que não sei onde me leva. Deste caminho que comecei a trilhar não sei bem porquê. Apenas porque nasci, apenas porque os dias se sucedem, quer eu queira, quer não, cada vez mais rápido. Cada vez... mais rápido. Rá-pi-do!
Não, não quero tudo o que é efémero e não me contenta.
Quero o mundo, o mundo todo.
Apetecia-me parar.
PARAR.
Apetecia-me deixar de existir. Para, finalmente, começar a viver.
(apetecia-me inventar um mundo novo)
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1 comentário:
Faço minhas estas palavras, isto é tudo o que quero dizer e nunca conseguiria, nunca desta forma tão clara. FORÇA
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