Olhos na estrada (os meus).
Observam-me (os dela).
Dão-me exactamente aquilo que preciso. Sei que me admiram no sentido literal da palavra, como se nada mais houvesse a admirar, como se a estrada não passasse debaixo de nós com rapidez. São um "confio em ti" porque a conduzo sem que ela saiba bem como ou para onde. Sabe que vai comigo, apenas isso.
Nem ela nem o planeta estão em movimento. Estão sim parados, a guardar o momento no álbum das memórias felizes. E eu, que a vejo também, sem tirar os olhos da estrada, estendo-lhe a mão, impotente de agradecer de melhor maneira.
E sorrimos.
A nossa casa move-se à nossa volta.
A nossa casa somos nós.
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