quarta-feira, 24 de março de 2010

Diz Ela, A Tal

"Quero-te ao meu lado para o resto da vida.
Quero poder demorar o meu olhar todos os dias nos teus olhos, nas tuas sardas e nos teus lábios, que ficarão sempre iguais à medida que envelhecermos. E quero poder um dia sentir as rugas da tua pele na certeza de que cada uma delas representa um momento de felicidade. E quero poder ver nos olhos e nos sorrisos dos nossos filhos e dos nossos netos os olhos e os sorrisos que me fizeram amar-te. E mais: quero vê-los crescer, muito senhores do seu nariz, mas muito carinhosos, traços que herdaram da melhor pessoa que conheci em toda a minha vida.
Quero ter a certeza, daqui a muitos anos, que ainda te faço feliz.
Quero poder olhar para trás e ver os momentos maus como prova de que o amor vence nas circunstâncias mais adversas.
Amor, encontrei-te."

1 comentário:

C. disse...

E diz Ela, a Tal que por ti repetiu as palavras que jurara não voltar a pronunciar. Mas fê-lo na certeza de que elas, as palavras impronunciáveis, foram criadas para te serem ditas. E é uma certeza que quebra todas as hesitações, todas as incertezas, todos os medos. Que quebrou as fortalezas que construiu para evitar dizer que te amava. Que sim, que te queria, que ia estar ao teu lado para sempre, que nunca tinha amado assim, lugares-comuns que se singularizam à luz de um amor maior.
A tristeza, o vazio, a incerteza, a desilusão, elas todas, sempre foram motor único da escrita dela. Escrevia furiosamente para mitigar algo que não conseguia combater de outra maneira que não com palavras. Hoje, por ti, por estar contigo, escreve porque a felicidade é grande demais para estar contida.
- Já pensaste dizer a palavra mágica?
- Já.
- Eu também. Então assim já não precisamos dizer, já sabemos.
- Gosto muito de ti.
- Eu também te amo.