terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Diga, diga?

"Se a vida te der limões, faz [a melhor] limonada [que conseguires]"
"A paciência e a sabedoria andam de mãos dadas"
"Quando não souberes como agradecer, retribui"
"A prática faz a perfeição"
"Aprende com os erros dos outros - não vais ter tempo de os cometer a todos"
"Quando um não quer, dois não dançam!"
"O amor é cego (e surdo e, provavelmente, estúpido)"
"If it wasn't the bitter, the sweet wouldn't be so sweet"
"Os homens querem mulheres bonitas. As mulheres querem os homens... que tenham tido mulheres bonitas."
"As pessoas não são perfeitas. As coisas acontecem, pelas razões mais parvas. Não é isso que nos define, mas sim o que fazemos depois, o que fazemos com o que fizemos"
by Rodrigo Guedes de Carvalho
"A nossa vida não é o que aconteceu, mas o que recordamos e como recordamos" by Gabriel Garcia Marquez
"Nem Deus, que é Deus, agrada a todos"
"Normalmente, quando alguém te pede opinião sobre o que fazer, é porque já decidiu"
"People want the truth but never want the scars"
"An eye for an eye makes the whole world blind" por Gandhi, e por sugestão de Miosotis.
"A cobra muda de pele mas não muda de fel"

[dou um rebuçado literário a quem descobrir sobre quem estava a falar o senhor que disse esta frase. Primeira e única pista: a pessoa em questão faz parte dos quadros do Sporting]

Estou a precisar de férias

Ontem deitei-me eram 20:30.
Vinte e trinta.
Oito e meia da noite.
A meio do telejornal.

Acordei às 5 porque tinha sede. E às 7 porque tinha de ser.
E cheio de sono na mesma.

O fim do ano implica o começo do estudo para os exames - que é como quem diz, comparado ao que tem acontecido até agora, o começo das minhas férias de inverno.

Nunca mais é dia 31.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Estamos sempre a aprender

Hoje fui ao cinema sozinho.
Nunca tinha ido. Sozinho.
Mas achei que se nenhuma das pouquíssimas pessoas que tiveram a honra de ser convidadas por mim estava disponível, não me ía forçar à companhia de alguém que não queria só para não ir sozinho.
Faz sentido, não?

"Caim", de José Saramago


Lembrei-me daquela célebre frase do presidente americano que dizia "não perguntes o que o teu país pode fazer por ti, mas sim o que podes fazer pelo teu país".
Acredito que o meu país só tinha a ganhar se os jovens que são tão emaranhados pela sua religião que não têm tempo para a questionar o lessem, e o dessem a ler aos membros da sua família e/ou amigos que os levaram a acreditar naquelas Verdades que só são absolutas e inquestionáveis até alguém as questionar convenientemente.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Vale a pena ver



A forma como este senhor desafia todos os livros sobre liderança e comportamento organizacional, reprovando explícita e publicamente um jogador, de forma claramente ameaçadora.
Gosto do ar do Fucile, um grandíssimo jogador, acabado de executar um penalti dificílimo e claramente bem marcado, com a preocupação de se esconder o que se ía fazer até ao último momento, a olhar para ele como que perguntando:
"mas o que é que este merdas quer?"
Genial.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Há 2 tipos de pessoas

As que admitem que erram e as que estão a mentir.

Casamento sim, adopção não

Lembro-me de ver um entrevista com o Júlio Machado Vaz, já não sei onde, onde ele explicava que, nos seus tempos de estudante, se faziam estudos para saber se os filhos de pais divorciados iam dar em coitadinhos ou em criminosos. Não sei se foram textualmente estas as palavras, mas sei o sentido com que o disse: assumia-se, naquele tempo, que os filhos de pais divorciados iam sempre padecer de qualquer coisa que tivesse directamente a ver com a separação, não se pondo a hipótese de crescerem em normalidade ou até em condições melhores do que se vivessem com ambos.
Assumia-se também, que os pais eram de sexos diferentes, até porque como se sabe pais de sexos iguais não conseguem fazer filhos sem ajuda de terceiros.
Surge esta conversa no seguimento da discussão do decreto-lei que se debruça sobre o casamento homossexual: na minha mais humilde e refutável opinião, quem gosta de alguém o suficiente para se casar com essa pessoa - seja lá de que sexo for - deve casar-se e fazer vida com ela.
Corre-se o risco - será um risco? - de, uma vez discutido o casamento, se passe para a matéria de adopção. Não vou dizer que os filhos (necessariamente) adoptados por um casal homossexual vão dar em coitadinhos ou criminosos ou no que quer que seja. Mas, confesso ser-me muito mais estranho que um filho seja criado por duas pessoas do mesmo sexo do que apenas por uma, divorciada ou viúva. Confesso que não me veria nunca a apresentar aos meus amigos os meus pais
- Olha este é o meu pai... e este é o meu outro pai.
...hã?
Não sei se é preconceito, mas é verdade. Nada tenho contra os homossexuais - apenas tenho contra as pessoas espalhafatosas, tenham elas as opções sexuais que tiverem, e isso era matéria para todo um outro post - mas por enquanto, porque me soa forçado e anti-natura, e acima de tudo estranho, sou contra.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Listen very carefully, I shall say this only once

Não é quando falo mal que as pessoas se devem preocupar: é quando deixo de falar.
Aí sim, é grave.

Um talento inato



Que doce :)

sábado, 12 de dezembro de 2009

Pedido

Pede-se às condutoras deste país que, caso parem num semáforo ao lado de algum carro, olhem para o seu interior no sentido de aferirem da minha presença, de modo a evitar que eu tenha de ver gestos tais como tirar macacos do nariz, com uma veemência e destreza tais que, finda a tarefa, fiquem a olhar para a unha com um ar de satisfação de quem "estava a ver que não o apanhava".
Desde já agradecido.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O Reconhecimento

Quando vemos uma caneta e lhe chamamos caneta, por que razão lhe chamamos caneta?
Porque um dia houve alguém que nos ensinou o que era uma caneta. Fez-nos senti-la, entre os dedos. Ou então encontrámos nós uma, e fomos descobrindo como sabia, sem saber muito bem como lidar com ela no início, mas habituando-nos depois. Demos-lhe uso, soubemos e experimentámos da sua utilidade. Sentimo-nos cada vez melhor com ela. A caneta serviu de ferramenta para crescermos, para criarmos, para aprendermos e para nos relacionarmos com outras pessoas.
Hoje em dia, quando vemos uma caneta, sabemos como lidar com ela, para o que serve e até onde, verdadeiramente, ela nos pode transportar com tudo aquilo que significa. E sempre que vemos uma caneta, sabemos que é uma caneta porque reconhecemos tudo isto nas nossas memórias, automática e inconscientemente.
Muito bem.
Quando vemos amor e lhe chamamos amor, por que razão lhe chamamos amor?
Lembro-me de ser puto, muito puto mesmo, e de ver novelas brasileiras deitado com a mãe ou com a avó no quarto enquanto não adormecia, e lembro-me que me divertia gozar com aqueles dramas do "eu amo você" "eu quero ficar com você a vida inteira, meu amor" e outras frases características dos apaixonados melodramáticos. Mesmo fazendo menção ao exagero da coisa, por que razão eu não reconhecia aquele sentimento - mais do que isso, desdenhava, como criança que era, dos actores - e hoje em dia sou capaz de o reconhecer, mesmo que não sejam trocadas palavras? A resposta é simples.
Porque entretanto houve alguém que me ensinou o que era o amor. Fez-me senti-lo, por toda a parte. Ou então porque bati de frente com ele, completamente por acaso, e fui descobrindo quão bem sabia, sem saber muito bem como lidar com ele no início, mas habituando-me depois. Provei-o, tomei-lhe o gosto, experimentei da sua utilidade. Senti-me cada vez melhor com ele. O amor serviu-me de ferramenta para crescer, para criar, para aprender e para me relacionar com outras pessoas.
Hoje em dia, quando vejo o amor, sei como lidar com ele, para o que serve e até onde, verdadeiramente, ele me pode transportar com tudo aquilo que significa. E sempre que vejo o amor, sei que é o amor porque reconheço tudo isto nas minhas memórias, automática e inconscientemente.
É por isto que é verdade uma coisa simples e poderosa: nós só somos capazes de reconhecer nos outros aquilo que já temos dentro de nós, aquilo que já conhecemos. Não surpreende que as pessoas intrinsecamente positivas vejam boas atitudes em acções que por pessoas intrinsecamente desconfiadas são vistas como dúbias ou mal intencionadas; não admira que pessoas descontraídas por natureza não levantem qualquer tipo de perturbação perante assuntos que incomodariam as pessoas que são naturalmente problemáticas ou neuróticas.
E implica, acima de tudo, que alguém que seja capaz de reconhecer e apreciar o bem e as virtudes em nós as tenha de ter também obrigatoriamente, para nossa felicidade, a de quem sente essa apreciação e esse reconhecimento.
É, de facto, como se nos conhecêssemos de novo, no sentido literal do termo.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Um mundo de aparências

Estava a ver os Ídolos hoje quando finalmente tive o clique para escrever um texto que há muito me andava atravessado no pensamento.
A minha favorita no programa é qualquer coisa. Não sei o nome dela, porque não me preocupei em fixar. Vi os programas anteriores aos pedaços desconexos. Sei que é amiga do gajo que não queria participar e afinal vai ganhar aquilo. Whatever.
A mulher tem uma pinta descomunal. E é uma miúda. Mas é uma mulher. Posso não seguir o programa atentamente, mas sempre que o meu irmão via a miúda - perdão, a mulher - lá me chamava e invariavelmente ficávamos os dois admirados com aquele ar de quem se está nas tintas, mas se esforça sempre.
É precisamente por aqui que quero começar: a miúda pareceu muito mais à vontade hoje do que nas eliminatórias anteriores. Parecia natural, e confiante. E porquê? Porque tem esse dom? Talvez porque tenha trabalhado mais a música que ela própria escolheu.
Costuma dizer-se que nem tudo o que parece, é. Eu digo mais do que isso: nada do que parece, é.
Se os concorrentes estão tranquilos no palco é porque trabalharam tanto para estarem seguros que nada parece poder correr mal. De facto, nada houve de tranquilo na preparação para a Gala para nenhum deles.
Da mesma forma, quando o Ronaldo marca um livre ao seu jeito em frente a 80 mil pessoas e festeja como se fizesse aquela merda todos os dias depois do pequeno-almoço - será um dom que só ele tem? Nasceu com ele? Ele está a querer parecer aquilo fácil, mas é um facto que ele faz exactamente aquilo todos os dias depois do pequeno-almoço, e atira 20 ou 30 para se aperfeiçoar. Por dia.
O treino, o esforço, a vontade e a persistência só são experimentadas por quem efectivamente tenta fazer o que quer que seja e se apercebe que não é fácil.
Mas passemos para coisas mais terrenas: quando encontramos alguém que nos ouve sem nos interromper e nos olha sistematicamente nos olhos, enquanto anui positivamente e nos dá dicas para continuarmos a falar, e faz isto tudo duma maneira natural - tão natural que parece que nasceu com aquele dom - não será assim porque essa pessoa se treinou para ser assim?
Quando as pessoas não conseguem comer ou sair da casa de banho sem lavar as mãos... não será porque têm o gesto treinado e mecanizado e já actuam dessa maneira, que se sabe higiénica e apropriada?
Não podemos nós treinar a maneira como encaramos o que nos acontece de forma a retirar as melhores ilações e ver o bem nos pequenos males que vão acontecendo?
Tenho lido vários livros que rezam neste sentido: o que há de inato nas pessoas são aptidões focalizadas mais para uma vertente ou outra. Reparemos: não existem muitas pessoas no mundo com a aptidão para cantar que tem a Beyonce ou o Mika. Nem todos os rapazes da bola conseguem marcar livres como o Ronaldo. Mas todos temos a capacidade de treinar e adquirir competências nas mais variadas situações que nos levem a ser equilibrados primeiro e a potenciar aquilo que nasceu connosco como admirável, depois.
Nem todos podemos ser muito bons em tudo. É fatal e correcto.
Porém, nenhum de nós deve abdicar desse direito - e eu diria dessa obrigação - que é adquirir hábitos que nos convenham.
Estamos habituados a lavar os dentes. A lavar as mãos. A tomar banho. A pedir licença para rasgar uma folha. A pedir perdão se arrotamos. A pôr o cinto quando ligamos o carro. A ligar as luzes quando andamos de mota. A dizer bom dia e boa tarde e até logo. A perguntar às pessoas como estão.
Por que não nos habituamos a esperar pela resposta? A ouvir? A dedicar algum tempo para nós? A não levantar a voz? A sentir como deve ser, sem dramas nem convulsões absurdas? A pensar positivo? A rir? A fazer desporto e/ou pequenos exercícios de relaxamento? A ter sexo?
Sim, a ter sexo! Por que não treinamos o sexo? Ou - rapazinhos que andam enganados - julgam que ela é boa na cama porque tem um dom? Nasceu com ela, querem ver?
Há uma frase que se aplica ao treino e que faz com que a aparência se transforme em realidade: devemos treinar "until it becomes second nature" - só quando já estiver tão intrinsecamente em nós enraizado o hábito de sermos admiráveis é que o passamos a ser... naturalmente.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Ouch!

Brasil, Costa do Marfim e Coreia do Norte. :/

Não vou tecer comentários - "Eu na praia"



por sugestão do João ABA

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O que não convém esquecer

As vezes em que fomos mais felizes;
As vezes em que sentimos mais dor;
O último grande elogio que nos fizeram;
A crítica que ultimamente tenha tocado mais fundo;
A última vez que sentimos que fizemos a coisa certa;
A última vez que sentimos vergonha.

Há uns dias vi um casal de namorados a lanchar. Não eram namorados recentes, não podiam ser.
Eram daqueles casais, que já foi feliz e que já sentiu dor; que teve momentos de elogio mútuo e de críticas construtivas que os levaram ali. Um casal em que cada um deles já tinha tido tempo para fazer coisas certas e erradas, que provocaram orgulho ou vergonha.
Por entre o lanche e as bebidas, ela olhava-o de frente enquanto lhe lia mais do que ele lia no jornal. Não era um olhar embevecido, nem protector. De tanto o sentir - que não seria só daquela vez que ela o olhava assim - ele levantou os olhos do jornal e seguiu os dela, de um para o outro, sorrindo levemente e voltando à notícia que interrompera.
Agradava-lhe que ela não o olhasse com excesso de gosto, de paixão, de ternura. Agradava-lhe retribuir-lhe aquele olhar sábio, de quem sabe que uma pessoa só pode ser apreciada no seu todo e tendo tudo isto presente, e para quem o caminho se fez também de barreiras.
Eram namorados antigos, mas acima de tudo, eram pessoas com boa memória.
Só podiam ser.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Lightning Crashes



Das melhores de sempre.