sexta-feira, 27 de junho de 2008

Sobe equipa!

Não resisto (II)



De ir às lágrimas

Não resisto

"Dedicada a quem?
Não interessa. É dedicada."

Genial!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Função "vida"

Todos nós estudámos funções: o valor de um y dependia directa e exclusivamente de um valor de x, através duma expressão determinada e de um domínio de valores que x podia tomar.
Mas não é a parte da expressão que me interessa: a função obriga que a cada objecto x corresponda uma e uma só imagem y, não sendo obrigatório que fossem y diferentes (ou seja, a função não tinha de ser sempre injectiva).
Assim
f(-2) = 5
f(2) = 5 é possível.

Todos nós temos um porto de abrigo - a pessoa que nos protege, e com a qual podemos baixar defesas e ser com as fraquezas que ela reconhece e respeita - há definição para porto de abrigo?
Pelo amor de Deus.
Cada pessoa que procura um porto de abrigo está em x. Cada pessoa que o é, está em y.
Assim, cada pessoa terá apenas um porto de abrigo, mas a mesma pessoa pode sê-lo para mais do que uma: o que, digamos, não é tarefa mais fácil, mas também é mais recompensadora.
Se bem que haja alguns meninos que não tenham arcaboiço para ver as coisas desta maneira, eu sinto-me muito orgulhoso por não ser dono de ninguém nem impedir ninguém de se sentir recompensado através do contacto com muitas outras pessoas.

"Se alguém for nosso, largamos e ele volta"
E giro, giro, é quando a coisa é recíproca - e ela, no meio de tantos, nos continua a escolher a nós.

Bad timing, that's all

O que é, de facto, importante, não é em quem pensas
mas quem te faz pensar.

"If it wasn't the bitter, the sweet wouldn't be so sweet", disse ela.

É verdade, Gui

That's "the oldest trick in the book".
And quite often, unfortunately, it works.

Loucura

Gosto de pessoas loucas, que dizem quantidades industriais de merda e são inteligentes, que se fazem de parvas mas o fazem de propósito, que gozam com o que levam a sério, que brincam com aquilo que alguém leva muito a peito respeitando a opinião dele, que fazem coisas inexplicáveis para quem não é louco e razoáveis para quem o é também, que são capazes de amar perdidamente porque sim e de se darem o peito às balas mesmo sabendo proteger-se.
Gosto de quando dizem "ya, bora lá" a um desafio que alguém são não aceitaria, quando têm razões para gostar de algo totalmente diferente da generalidade.
Diferentes da generalidade.
A loucura sã, vulgo pancada nos cornos, será uma lufada de ar fresco no marasmo que é gente sempre igual, com mesquinhices iguais, com ideias iguais, com objectivos razoáveis e seguros, num mundo que tentam explicar côr-de-rosa às bolinhas.
E para essa gente pessoas loucas fazem muito pouco sentido - pode até ser que fiquem com má impressão delas, que as critiquem e ao seu "descabimento".
Aquilo que os ingleses chamam pensar "out of the box", com, mais do que pontos de vista, horizontes diferentes, ou maneiras diferentes e abertas de os expressar - eis aquilo que mais me atrai em alguém.

A loucura é condição necessária - se bem que não suficiente - à genialidade.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Resiliência

Para a física: Resiliência é um conceito oriundo da física, que se refere à propriedade de que são dotados alguns materiais, de acumular energia quando exigidos ou submetidos a estresse, voltando em seguida ao seu estado original, sem qualquer deformação - como um elástico ou uma vara de salto em altura, que se verga até um certo limite sem se quebrar e depois retorna com força, lançando o atleta para o alto.

Para a psicologia: Resiliência tem que ver com a capacidade de um indivíduo para ultrapassar os traumatismos e construir-se apesar das feridas.
A psicologia tomou essa imagem emprestada da física, definindo resiliência como a capacidade do indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse, etc. - sem entrar em surto psicótico.

A Resiliência avalia-se assim em 7 factores, segundo George Barbosa:

1. Controle de emoções: habilidade de se manter sereno diante de uma situação de stresse. Ressalta que pessoas resilientes quanto a esse factor são capazes de utilizar as pistas que lêem nas outras pessoas para reorientar o comportamento, promovendo a auto regulação.

2. Controle de impulsos: capacidade de regular a intensidade de seus impulsos no sistema muscular (nervos e músculos). É a aprendizagem de não se levar impulsivamente para a experiência de uma emoção. Dessa forma, a pessoa poderá viver uma emoção de forma exacerbada ou inibida. O Controle de Impulso garante a auto-regulação dessas emoções, ou a possibilidade de dar a devida força à vivência de emoções.

3. Optimismo: crença de que as coisas podem mudar para melhor. Há um investimento contínuo de esperança e, por isso mesmo, a convicção da capacidade de controlar o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão esteja fora das mãos.

4. Capacidade de análise ao ambiente: de identificar precisamente as causas dos problemas e das adversidades presente no ambiente. Essa possibilidade habilita a pessoa a se colocar em um lugar mais seguro, do que se posicionar em situação de risco.

5. Empatia: capacidade que o ser humano tem de compreender os estados psicológicos dos outros (emoções e sentimentos). capacidade de decodificar a comunicação não verbal e organizar atitudes a partir desta leitura.

6. Eficácia: crença que alguém tem de que resolverá seus próprios problemas por meio dos recursos que encontra em si mesmo e no ambiente.

7. Alcançar pessoas: capacidade que a pessoa tem de se vincular a outras pessoas, sem receios e medo do fracasso. Barbosa reforça que é a capacidade de se conectar a outras pessoas com a finalidade de viabilizar a formação de fortes redes de apoio.

---------

fez-me lembrar qualquer coisa

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Nada de novo, portanto

Nada digo que não tenha sido dito
Já, de formas quaisquer e convenientes;
Nada passo que não tenha havido, e há:
Numa série d'episódios transcendentes.
Nada somo à retórica da história,
Nem subtraio à mediocridade de mim:
Que guardados nos recantos da memória
Estão-nos já, melhor, pior ou assim.
Mas se houvera quem, para melhor ser,
Necessidade achou em os partilhar,
Tal dia que, não tardará, voltará a haver
Num sentir do que não se pôde apagar.
Que o que já foi nunca deixará de o ser;
Que sentimos por perceber claramente
Quem no papel acha maneira de entender
Os que foram e os que serão, e a toda a gente.

terça-feira, 17 de junho de 2008

O "Reclame" da TMN

Não pude deixar de me rir sozinho.

Alvim: Há quanto tempo é que se amam?
Rapazola agarrado a uma miúda, como se ela fosse fugir a qualquer momento: Há um mês e tal.

Gosto quando alguém nos faz ser suficientemente parvos para nos impedir de dizer:
- Amar? Ganda maluco, Alvim! Isso é uma cena muito à frente, pah. Amar é aquela cena tipo que a minha mãe diz ao meu pai, e que ela me diz a mim. Achas que com um mês dá para amar alguém? Só quando ela tiver tido uma crise depressiva durante uma TPM e me tiver chateado a cabeça como se eu tivesse alguma obrigação de a aturar e eu mesmo assim gostar dela: aí sim, meu.
Quando eu já olhar para ela como quem lhe conhece as manias, e assim. E gostar.

Gosto tanto quando gosto de ser parvo.

Gula

Apeteciam-me dois donuts, ou lasanha, ou enrolados de salsicha, ou folhados mistos, e café com muito açúcar, ou Ice Tea docinho.
Ou pizza, ou uns panados óptimos, umas tâmaras com bacon (o que se aprende em casamentos), broa com manteiga, bolachas Oreo cobertas de chocolate...
Queijo com presunto, molhos a afogar pratos cheios de carne gordurosa e boa.
E ao jantar Arroz e batata e massa, com muito pão e sal e toda a merda.

Quando me apetece isto, vou à net, procuro por obesidade mórbida, e dá-me tanto nojo que perco a fome.
Para sempre, eu diria.

-----------
De ressalvar, como é óbvio, que nem todos os obesos mórbidos o são por comerem demais, ou mal.

2,47€

Fiquei em 4º em 1000 num torneio de poker na net, e foi a primeira vez que cheguei à última mesa.
Nem é pelo dinheiro... é pela competição, mesmo.
A brincar, a sério, e em quase tudo, indubitavelmente está em mim: não me chateia nada perder, mas se puder ganhar, ganho.
E quer acreditem ou não, aprende-se mais do que a jogar com cartas neste jogo. Numa palavra: paciência.

Estranho

A mente lá tem das suas coisas estranhas e engraçadas, mecanismos de defesa ou simplesmente hábitos:

Eu ando na estrada e raramente olho em frente, mas sempre para o chão.
Quando passo por mosaico colorido, escolho uma cor e ando apenas em cima dela. Ou tenho tendência para andar.
Nos centros comerciais, sou incapaz de pisar as linhas que separam as cores umas das outras: ponho o pé mais ao lado, sem dar nas vistas, e sem perceber porquê.
Por que será que faz menos confusão pôr o pé todo em cima duma côr, em vez de na linha que separa duas ou mais? (sim, porque quando são intersecções de várias, nem pensar em pisar).
E a cena é que eu já estou tão habituado que conjugo a passada para que não se note.
Quando estudo, de dossier na mão, a andar dum lado para o outro, piso sempre os mesmos sítios ou arranjo algo geométrico para me guiar: experimentem com perpendiculares às portas dos armários da cozinha, como se aquilo fizesse uma rede e vocês só pudessem pisar os quadrados. É genial.
Conheço quem não consiga ficar de costas para a entrada dum espaço público; quem goste de andar do lado esquerdo da pessoa com quem se fala; conheço quem não seja capaz de continuar a jogar FM caso esteja alguém na sala

"EU NÃO TE DISSE QUE ELES EMPATAVAM?
SAI DAQUI!!!!"

(Começo sempre a barba pelo lado direito da cara, a propósito!)
quem pisque sempre os olhos quando precisa de pensar um bocadinho mais ou quem mexa no cabelo quando está a fazer exames; sei de quem respira fundo antes de jogar moedas numa máquina, como se aquilo fosse... como se não fosse a mesma coisa se não se fizer aquilo.
Nós somos bichos muito estranhos.
Já agora, qual é a vossa cena marada?

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Diferenças

Maneira lírica de o dizer (em "Por morrer uma andorinha", cantado por Carlos do Carmo)

Se deixaste de ser minha,
Não deixei de ser quem era
Por morrer uma andorinha
Não acaba a primavera!

Maneira usual e brejeira de o dizer:

Olha f***-te, que há mais quem queira!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Ressacar

É de 6 em 6 horas, em ciclos que falham no máximo 15 minutos.
Toma-se o paracetamol, dois de preferência. Se for preciso, um brufen. E o anti-biótico, claro, que isto da gripe é lixado e calha a todos.
Faz efeito em 20 minutos. As dores passam, já não se treme, já não se tem frio mesmo embrulhado em mantas com 25 graus lá fora. Acabaram as pontadas na cabeça, daquelas que nos fazem parar, fazer um esgar de dor e dizer 30 asneiras seguidas.
Agora, transpira-se como gente grande, até que o ciclo se feche e lentamente nos sintamos retornar a todos os sintomas de que os medicamentos nos aliviaram.
E a pergunta é: se há medicamentos que se podem comprar sem receita médica

como é que as drogas leves são ilegais?

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O Casamento

Correu bem.
Não me custa nada pensar que por muito que goze e diga "ah e tal mais um com a corda ao pescoço " ou "olha olha, outro que estava farto de viver bem" gosto de os ver convencidos de que vão viver juntos "na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe".
E só não custa a quem já de facto pensou que isso é possível: juntar-se amigo, amor e amante numa pessoa e dizer-se

"sim, mereces que eu me sacrifique por ti quando tiver de ser, porque sei que farás o mesmo por mim.
Vamos contar ao mundo, vamos?"

The Bucket List

Vão ver nunca é tarde demais, ou the bucket list, em inglês.
É um filme com interpretações gigantescas, com uma história que vale a pena.

"ele foi um estranho, e voltou meu marido"

porque para sermos felizes com alguém, temos de o ser connosco mesmos :)

sábado, 7 de junho de 2008

São Vidings

Daqui a umas horas casa um dos meus melhores amigos. É mais velho, mas desde putos que convivemos: os nossos pais são amigos chegados, a adega dele presenciou a minha primeira cabra, e foi ele que naquele dia mítico em que fui homenzinho me safou - duas vezes.
Os jogos, as músicas dos Doors, do Variações, dos Xutos, num acompanhamento que por ser mútuo não se notou demasiado: passámos de adolescentes a adultos, e a única coisa em que reparamos é que temos cada vez mais histórias para contar, e apenas isso.
Vamos todos de fatinho, à homem, como eu disse que ía quando fosse caso disso. Ficaremos, o grupo de guerra, na mesa em frente à dos noivos. Como ele disse que teria de ser.
E a pergunta impõe-se: agora que já respondemos à questão de quem casa primeiro, podemos fazer as seguintes ao longo da vida: filhos, netos, morte. Assustador.
Por isso vamos gozar o momento.
E que durante a cerimónia caiam finos e martinis num café próximo de nós!

terça-feira, 3 de junho de 2008