segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Com elogios

Fico mais sem saber o que dizer do que outra coisa.

Fumar... não!

O desporto faz bem :P

domingo, 27 de setembro de 2009

Talho

Local onde se escolhe a carne que se vai comer.
Em Coimbra chama-se "Jardins da Associação".

:P

Nota do redactor:
Estive para dizer "compra" em vez de "escolhe", mas achei que seria esticar a corda.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Responsabilidade

A Responsabilidade vem definida no dicionário como uma qualidade (aquilo que tem quem é responsável) ou uma obrigação de prestar contas, de justificar, de responder por certos actos próprios ou alheios.
Eu li sobre a responsabilidade numa outra perspectiva: a perspectiva mais remota da palavra.
Se pegarmos na palavra em inglês é mais fácil: responsability = response + ability, ou seja, responsability seria a habilidade/capacidade de resposta.
A palavra "responsável", teria assim outro significado mais remoto, menos óbvio: responsável não seria aquele que tinha a obrigação de responder perante certos actos ou acontecimentos, mas sim aquele que teria capacidade de o fazer.

Agora passamos para a parte mais complicada da questão.
Todos os actos ou acontecimentos da nossa vida são vistos por nós e muitas vezes interpretados - e julgados - segundo o que sabemos. Quantas vezes não julgámos mal, por nos termos apercebido depois de o fazer que havia peças do puzzle que desconhecíamos?
Todos os actos ou acontecimentos são o que são na nossa cabeça: dependem de como os interpretamos.
Perante o mesmo discurso político várias pessoas têm várias sensações. Perante uma música, cada pessoa faz a sua interpretação da letra. Perante um livro, cada pessoa imagina as personagens à sua maneira. Perante um texto, cada um se identifica segundo a sua vivência e "quadros conceptuais", digamos assim. Desta forma, o mesmo acto ou acontecimento pode sempre ser visto de variadíssimas formas.
Já aqui falei sobre empatia, sobre essa capacidade de conseguir entrar na interpretação do outro, olhar esse acto ou acontecimento segundo a perspectiva dele e conseguir fazer isso com quem quer que seja, sempre tomando em consideração cada pessoa em si. A empatia faz parte dessa capacidade de resposta que todos podemos ter.
Nós não controlamos o que nos acontece, mas podemos controlar a maneira como o encaramos. Podemos tentar não julgar antecipadamente. Podemos dar o benefício da dúvida. Podemos ser empáticos. Podemos aprender em vez de nos queixarmos. Podemos aceitar o que não podemos mudar e viver com isso. Podemos escolher não sofrer quando não há estrita necessidade disso.
E acima de tudo, podemos perguntar sempre:

"o que é que eu posso fazer para melhorar a situação?"

Just think about it

You can't spell "game" without "me".

(game, no contexto, era "engate".
Retirado de um dos episódios de "How I met your mother")

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

"Tem raiva do cú?"

Eu não sei de que religião é ele, mas era capaz de me converter.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Reacções legítimas nem sempre correctas?

No Us Open, Del Potro ganhou, aos 20 anos e com surpresa, a Roger Federer.
O suiço eliminou na meia final o Djokovic, marcando no penúltimo ponto do encontro uma das melhores bolas de sempre do ténis. Ele próprio e o público reagem assim:



Serena Williams, na meia final, foi eliminada pela Kim Klijsters, e no mesmo penúltimo ponto do encontro falha o primeiro serviço e pisa a linha no segundo - decisão muito duvidosa da juíza de linha. Serena reage mal, e como era já o segundo aviso da juíza da partida é penalizada num ponto: o último, e o jogo acaba.



No futebol, Adebayor marcou pelo Man City ao Arsenal e festejou desta maneira, restando ver como será recebido na 2ª volta no Emirates.



Por último, De Rossi e a sua Roma ganharam no campo do Siena por 2-1 no minuto 90, depois de ele ter ouvido o jogo inteiro a claque adversária gritar o nome do seu falecido sogro, morto um ano antes num tiroteio. No final, reagiu assim



Cada caso é um caso.

Marketing

Se os adeptos do Benfica seguirem uma estratégia comercial muito recorrente no café de aldeia, ou seja, se a cada golo do Glorioso for pedida uma rodada de minis, há uma boa hipótese de acabarem bêbados várias vezes esta época.

Agradecidos nós, Michael.

É possível

Rotura muscular na planta do pé (entre o calcanhar e os dedos), derivada de ter descido escadas íngremes descalço.

sábado, 12 de setembro de 2009

Descobrir o silêncio

Li no último livro de Miguel Sousa Tavares, que tive oportunidade de comentar aqui, que o que temos necessidade de escrever resulta daquilo que não dissemos nalgum dia.
Não obstante eu falar bastante, e fazer-me entender com relativa facilidade - coisa que aliás muito me apraz - tinha, mesmo assim, muitas ideias para pôr no papel, muito de mim por explicar - quem sabe, por explicar a mim próprio.
Sempre pensei que esta necessidade de me exprimir por escrito viesse do facto de eu pensar em muito mais coisas do que aquelas sobre as quais falava: julgava que esta constante meditação - ou devo dizer inquietação? - me fazia sobretudo querer partilhar, através da escrita, as conclusões a que chegava, as lições que aprendia, os valores que preconizava - e preconizo.
Descobri, afinal, que não era o facto de eu pensar naquilo que houvera ficado por dizer que me levava a escrever, mas sim o facto de eu escrever que me levava a pensar no que tinha ficado por dizer. Ou no que eu pensava ter ficado por dizer.
Em outras palavras, a escrita - leia-se, a necessidade de ser compreendido - levou-me ao refúgio onde me sinto à vontade para expressar pensamentos meus, muitas vezes frutos de quem pensa claramente demais.
É estranho, para quem me lê e estiver atento, que este texto seja, na sua essência, um contra-senso com aquilo que diz. Se esta questão não me tivesse inquietado - mais uma vez - ele não existiria. Contudo, desta vez existe a tal noção de que ele não surge porque eu reflicto apenas, ou sequer porque tenho necessidade de ser compreendido, surge sim como reflexo de uma maneira agradável, precisa e acima de tudo confortável que eu tenho de me refugiar nas palavras, muitas vezes sem necessidade.
Estou a trabalhar nas maneiras difíceis de demonstrar o que sinto.
Estou a ter uma recompensa avassaladora.
Sinto que com muitos sorrisos, muitos gestos, muita disponibilidade e um gostar tranquilo que se vê no fundo dos olhos, que se faz compreender com uma força e uma veemência que as palavras nunca trariam, fica muito pouco por escrever, fica muito pouco por dizer.
Na verdade, sinto que fica tudo dito.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Guidance

A única coisa que a nossa mente decide é quão bem quer tratar o nosso coração.
Quanto respeito escolhe ter por ele, o quanto lhe quer oferecer uma vida longa e saudável. Não deve - não pode, eu diria - reclamar a si o direito de guiar as suas decisões.
Decidimos o que comemos, o desporto que fazemos, as pessoas com as quais nos damos, o que lemos, até escolhemos o que recordamos, aquilo a que damos de facto importância, escolhemos a maneira como vemos cada situação, escolhemos a maneira como preferimos ver os outros, escolhemos as nossas acções, atitudes e comportamentos.
Mas não escolhemos de quem gostamos. Não escolhemos sentir mágoa quando queríamos sentir amor. Não escolhemos sentir tristeza onde devia estar alegria. Não escolhemos gostar de cinema quando temos uma família de advogados. Não escolhemos gostar de letras numa família que vem de ciências. Não escolhemos a piada que achamos à namorada do amigo.
Não escolhemos o que sentimos.
Não há boas decisões puramente racionais: mesmo quando estas são tomadas segundo critérios objectivos e cálculos precisos, são-no porque se sente que aqueles são os parâmetros ideais para achar a melhor solução.
Toda a decisão que não vá de encontro àquilo que de facto sentimos ser melhor em determinado momento será penosa de tomar, e difícil de contornar na vida. Podemos convencer-nos a nós próprios com frases ditas em voz alta, podemos perguntar a amigos o que acham até encontrar algum que concorde connosco, melhor, que diga o que queremos ouvir. Não me parece que, a longo prazo, resulte.
O nosso coração sabe tudo em cada momento. Sabe, pelo menos, tudo o que precisa de saber para nos guiar em rumo, em rota de fundo. Porque essas coisas, as que são realmente significativas, sentem-se.
Nós é que, às vezes, escolhemos não o ouvir.

Paradoxos

Conheço alguém que é simultaneamente das pessoas a quem mais custa falar sobre os seus sentimentos e que mais facilmente os demonstra.
É quase como aqueles joguinhos de mímica em que não se pode sequer grunhir e se comunica por gestos.
E dou por mim a pensar "antes assim, que ao contrário".

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Tudo a seu tempo

Primeiro olhamo-nos.
Os contactos físicos são quase nulos.
Damos as mãos, passamos os dedos pelos cabelos um do outro, fazemos uma festa no nariz.
Mais tarde envolvemo-nos.
Conversamos mais do que nunca.
Depois somos um só, resolvemos e deliberamos em conjunto, deixamos descendência e cuidamos dela.
Continuamos a conversar mais do que nunca.
Envolvemo-nos de novo, descobrindo novas formas que a idade nos trouxe.
Voltamos a dar as mãos, a passar os dedos pelo cabelo um do outro, se ainda o tivermos, e a fazer uma festa no nariz.
Os contactos físicos serão, a seu tempo, quase nulos.
E finalmente olhamo-nos.
E sorrimos.

Ou então quando tiveres 50 anos troco-te por duas de 25.
Logo decido.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ainda sobre o Benfica - Setúbal

Está aqui, no final deste texto, um pensamento que eu tive também.

8 beijinhos para vós todos

Eu não sou mau perdedor, sou antes um óptimo ganhador.
E gostei de ver e ouvir que não sou o único benfiquista que festeja mais e mais à medida que o marcador aumenta: para nós, ganhar nunca é suficiente.
Para vos dar uma ideia, há duas pontuações que são as minhas preferidas na sueca: 61 e 120.
Ganhar é bom quando dá gozo ganhar, quando foi renhido e conquistado até à última gota de suor; ou quando esmagamos de tal forma o adversário, por meios legais e puramente desportivos, que os vemos resignados ao facto de simplesmente não terem argumentos para nós. A cada golo que passa.
Ontem foi assim.

P.S: o mais importante do jogo foi o golo do Hélder Barbosa. Para que se mostre que um Guarda-Redes tem de estar atento 90 minutos, mesmo que não faça nada o jogo todo.