domingo, 30 de agosto de 2009

Arroz de Lingueirão

Vão a um restaurante que fica perto de Luz de Tavira comê-lo, que se chama Marisqueira Fialho.
É inacreditável de tão bom que é.

E então vi a Mariana

Mergulhei uns 7 ou 8 metros antes dela, de propósito para passar despercebido. Fui pelo fundo da piscina, por entre os outros familiares, em direcção à prima Mariana, que comecei a ver apenas quando consegui chegar mais perto dela.
Cabeça entre as pernas dela, devagar. Mãos nos joelhos dela, um dos pés já no chão. Levanto-a de modo a que ela ficasse sentada nos meus ombros ao mesmo tempo que a subo até que fico com a cabeça fora de água.
E então vi a Mariana.
Estava, com o resto da minha família, uns 2 metros ao meu lado, a olhar surpreendida para mim e para a desconhecida que estava com o baixo-ventre no meu pescoço, julgando ser alguém que eu conhecesse.
Não conhecia.
Isto tudo demorou uns dois décimos de segundo.
Mal tinha percebido que havia pegado na pessoa errada, essa mesma pessoa vira-se para os amigos dela - que tinham o mesmo ar da Mariana e que possivelmente pensaram o mesmo que ela - e pergunta, com uma gargalhada
"Mas quem é este?"
enquanto eu já lhe mandava as pernas para trás, pedia atabalhoadamente desculpa pelo sucedido e me certificava que ela estava bem.
Foi o momento Zen da tarde.

"Não havia necessidade"

Eu nunca cacei, e as armas sempre me assustaram.
Ou talvez nunca cacei porque as armas sempre me assustaram.
Estive a pensar nisto depois de ver um pai que matou, por acidente, um filho, durante a caça e depois de me ter lembrado dum episódio de BBC Vida Selvagem - daqueles que davam na Sic antes do jornal aos fins-de-semana -, ao qual estava a assistir com o meu avô. Estávamos a ver um veado - ou, pelo menos, era o que me parecia - quando o meu avô, caçador desde antes de o conhecer, referia o prazer que lhe daria caçar "um bicho daqueles", demonstrando clara admiração por ele.
Claro que não tardei a responder-lhe que se toda a gente pensasse assim aquele documentário já se teria tornado impossível de realizar. Mas fez-me pensar nos propósitos da caça.
Há muitíssimo tempo atrás, quando não havia agricultura sequer, a caça era o sustento dos homens. Havia necessidade de caçar. Desde aí aos nossos dias passou-se por tudo, até que hoje há já criação de gado até em excesso - pelo menos ao que julgo saber nos países desenvolvidos.
Ou seja, hoje em dia caça-se para quê? Para estar em contacto com a natureza? Para fazer exercício físico? Por admiração para com o animal e o prazer de se sentir superior a ele? Tudo isto me parece repleto de machismo e de prepotência de um Homem que conseguiu por métodos e técnicas cada vez mais evoluídas livrar-se dos perigos e das perdas da caça e continua, por vontade própria e muitas vezes por recreio e diversão a arriscar a sua vida. E as vidas dos seus entes queridos, consequentemente.
Não creio que os caçadores devam perguntar-se "como será que ele baixou tanto a arma", ou "como será que o filho estava à frente", ou algo do género. As perguntas certas, quanto a mim, serão estas:
"Por que razão decidiram ir caçar?"
"Será que essas razões compensam os riscos que se correm sempre que se caça?"
E caso a caça seja por razões que os caçadores achem legítimas - ainda que ilegais - e para as quais não há outra solução aparente, como defender culturas de animais selvagens, por exemplo, coisa que eu compreendo perfeitamente, as perguntas deveriam girar em volta desta:
"Vale a pena arrastar para a caça mais do que o mínimo de pessoas necessárias ao acto?"

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

"O" Livro

Chama-se "O Santo, o Surfista e a Executiva", de Robin Sharma.
É uma mistura d' "O Segredo", com o "Servir para liderar", e com os "7 hábitos das pessoas altamente eficazes". Tem muito daquilo que eu penso sobre a vida, muito sistematizado. Revi muitos dos textos aqui escritos nele.
Façam-me um favor e leiam-no.
Obrigado.

Novos sabores, ou novas formas de saborear?

As duas coisas.
E em conjunto, fazem com que as pastilhas de melão me saibam sempre a mais do que melão.

Verdade sobre a praia

Como me chamou a atenção um homem atento e mais velho:

"Na praia é que as boas são mesmo boas."

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Lalala





Banda sonora especial :)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

"Deus nosso senhor é pai de cada um..."

Bad Habit by The Offspring

Na minha mais humilde e claramente parcial opinião, é a música de quem anda de carro.
E quase toda a gente anda de carro.

Grandíssima malha.



Hey man you know I'm really okay
The gun in my hand will tell you the same
But when I'm in my car
Don't give me no crap
Cause the slightest thing and I just might snap
When I go driving I stay in my lane
But getting cut off makes me insane

I open the glove box
Reach inside
I'm gonna wreck this fucker's ride

I guess I got a bad habit
Of blowin' away
Yeah I got a bad habit
And it ain't goin' away Yeah

Well they say the road's a dangerous place
If you flip me off I'm the danfer you'll face
You drive on my ass
Your foot's on the gas
And your next breath is your last

I guess I got a bad habit
Of blowin' away
Yeah I got a bad habit
And it ain't goin' away Yeah

Drivers are rude
Such attitudes
But when I show my piece
Complaints cease
Something's odd
I feel like I'm God
You stupid dumb shit goddamn motherfucker

I open the glove box
Reach inside
I'm gonna wreck this fucker's ride

I guess I got a bad habit
Of blowin' away
Yeah I got a bad habit
And it ain't goin' away Yeah

Bolas, que desilusão

Hoje foi notícia mais um jogo na América do Sul, supostamente amigável, que não acabou devido a confrontos entre os jogadores.
"Fixe, porrada!"
pensei eu, que não sendo em mim, gosto de ver muita gente a distribuir pancada em muita gente, assim numa espécie de "tudo ao molho" que dá mais para rir que para ter pena dos intervenientes. Nesse jogo, estava à espera de ver um murrozinho bem dado.
Pelo menos um.
O que vi foram jogadores a jogar ao toca e foge, numa demonstração do mais puro metrossexualismo pugilista, do género que dá pena. Como quem adora fazer-se de forte mas não quer borrar o lápis dos olhos e o gel que traz no cabelo que é bastante caro, e que depois vai para o brinco e é capaz de deixar uma nódoa que não sai.
Onde está Maradona, que depois de sofrer um penalti de um Guarda-Redes que lhe quis arrancar as pernas com os antebraços, se levantou de rompante e lhe deu pontapés pelo corpo, com toda a força?
Onde está Adriano, que depois da melga do Caneira se ter armado em esperto lhe deu um soco na cara de raiva?
Onde está Cantona, que deu um pontapé em voo na cara de um adepto que se julgava inatingível por estar entre a multidão?
Onde está Zidane, à cabeçada ao Materazzi em plena final do campeonato do Mundo, depois deste último ter dito mundos e fundos da mãe e da irmã do primeiro?
Onde está Edmundo, o animal, a dar e a receber pancada em campo?
Onde está Roy Keane, na sua frieza malévola para se vingar de quem o lesionara gravemente uns anos antes e lhe dissera que se deixasse de fitas, enquanto ele gemia prostrado no chão?
Onde estão os homens que, sem recorrer nunca em primeira instância à violência, quando as circunstâncias assim o exigem sabem dar uma sabelha nos cornos de alguém que a merece bem dada e para recordar, com a mesma pinta com que espalham magia em todas as coisas boas que fazem na vida?
Onde estão os homens que pedem desculpa depois de levar porrada, porque sabem que a mereceram?

No futebol de hoje em dia ganhou-se muita coisa, mas perderam-se os homens. Aqueles para quem o fair-play implicava jogar de forma justa, mesmo quando isso significava justiça feita da forma mais dura. Quando o futebol não era para meninos que lutavam como meninas, a agarrar os cabelos uns aos outros e a jogar ao toca e foge.

Ficam os vídeos, os dos homens, e os dos outros.






segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Bravo!

Fez-me lembrar o golo do Maradona contra a Inglaterra, em que o comentador argentino já estava aos berros antes dele entrar na área e agradeceu a Deus aquele momento, à boa maneira sul americana. Chega a ser comovente.
Para os mais desatentos, senhoras e senhores: Lorenzo e Rossi, colegas de equipa na Fiat Yamaha.

domingo, 9 de agosto de 2009

Rir é o melhor remédio

Porque entendo que as homenagens são para ser feitas em vida, porque sei que quem me faz rir é quem mais merece a minha admiração e porque todos sabem a quem me refiro.


terça-feira, 4 de agosto de 2009

Twente - Sporting

Duas ilações positivas a tirar deste jogo:

1. O Sporting vai no mínimo à Liga Europa e trará mais pontos para o Ranking de Portugal no acesso às competições europeias dos próximos anos.
2. A julgar pela exibição, o Benfica tem uma possibilidade real de ficar pelo menos em segundo este ano.

Uma tragicomédia grega, pela segunda vez na Holanda (relembrar meia-final da Uefa contra o AZ).

É um campeão

Sempre o prezei muito, e emocionou-me vê-lo perder o campeonato passado na última curva. Quando Senna morreu, tinha 6 anos, e estava a ver em directo: não tinha bem noção na altura, mas desta vez percebi que era sério.
Não se entende como é que na fórmula 1 ainda há muros na parte de fora de curvas rápidas que fazem as rodas soltarem-se no embate... 15 anos depois daquela tragédia.
Ou como é que há peças que se soltam dos carros, pura e simplesmente.
Mas pronto, o que interessa é que ele volta a 100%.
Força Massa!

Os meus sonhos

Os meus sonhos são pesadelos.
Os meus pesadelos duram a noite toda.
Nos meus pesadelos há mortos e feridos e desaparecidos. Entes queridos.
Os meus pesadelos são raros, mas poderosos, e fazem-me acordar mais cansado que quando me deitei. Fazem-me acordar mais preocupado também.
Há algo de errado no meu subconsciente. Nem que seja o facto de não se poder controlar.
Sou como um amplificador ligado no máximo. Quando a música se cala fica o zumbido, o que incomoda, como quando o cérebro descansa ficam os medos. Não que isso me impeça de ser feliz, nada disso. Apenas me faz pensar o dobro, racionalizar o dobro, concentrar o dobro naquilo que é de facto importante, e no que não é: o meu subconsciente transparece mesmo assim, inadvertidamente, quando me falam e eu não ouço, quando me batem e eu não sinto, quando me olham e não dou conta, quando canto e não me ouço.
Eu não sou doente, não estou doente, não sou infeliz nem estou infeliz.
Só preciso de baixar o volume, para não ter de tocar sempre por cima, para não ter de ouvir o zumbido quando me canso da música.
Para ter o silêncio que preciso.
De vez em quando.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ser crente à minha maneira

Deus no Céu, Jesus na Terra.
(A melhor contratação da época)