domingo, 30 de agosto de 2009

E então vi a Mariana

Mergulhei uns 7 ou 8 metros antes dela, de propósito para passar despercebido. Fui pelo fundo da piscina, por entre os outros familiares, em direcção à prima Mariana, que comecei a ver apenas quando consegui chegar mais perto dela.
Cabeça entre as pernas dela, devagar. Mãos nos joelhos dela, um dos pés já no chão. Levanto-a de modo a que ela ficasse sentada nos meus ombros ao mesmo tempo que a subo até que fico com a cabeça fora de água.
E então vi a Mariana.
Estava, com o resto da minha família, uns 2 metros ao meu lado, a olhar surpreendida para mim e para a desconhecida que estava com o baixo-ventre no meu pescoço, julgando ser alguém que eu conhecesse.
Não conhecia.
Isto tudo demorou uns dois décimos de segundo.
Mal tinha percebido que havia pegado na pessoa errada, essa mesma pessoa vira-se para os amigos dela - que tinham o mesmo ar da Mariana e que possivelmente pensaram o mesmo que ela - e pergunta, com uma gargalhada
"Mas quem é este?"
enquanto eu já lhe mandava as pernas para trás, pedia atabalhoadamente desculpa pelo sucedido e me certificava que ela estava bem.
Foi o momento Zen da tarde.

Sem comentários: