quarta-feira, 30 de julho de 2008

Não, não sou o único!

«Quaresma é um jogador comum» (Sacchi)

Arrigo Sacchi considera que Ricardo Quaresma não é jogador para o Inter. O antigo treinador da formação transalpina, agora orientada por José Mourinho, vai ao ponto de dizer que o extremo do FC Porto «é um jogador comum», que «normalmente não faz a diferença».

«Quaresma não é um campeão. Quando tem um dia bom, causa problemas aos adversários, mas normalmente não faz a diferença», afirmou Sacchi, contundente, em declarações à Gazzetta dello Sport, prosseguindo: «Quando era jovem, parecia ser um campeão, mas agora é um jogador comum».

De resto, Sacchi mostra-se bastante crítico com a política de contratações da equipa nerazzurri: «Jogadores como Mancini e Muntari não entusiasmam os adeptos. É certo que continuam a ser os favoritos para conquistar o título, mas penso que não melhoraram em relação à época passada».

Visto aqui

terça-feira, 29 de julho de 2008

Ao Bruno Nogueira

Porque o sentido de humor e a inteligência andam de mãos dadas, fica a admiração.

It takes one...

"It takes one to replace one."

Acho que a ouvi no house, como já terei tido outras que ouvi e sobre as quais aqui escrevi.
Não achava que tamanha explicação coubesse numa frase tão pequenina, e mesmo assim não consigo concordar mais.
É preciso algo exactamente do mesmo género de outra coisa que se perdeu, para a poder potencialmente substituir - senão vejamos: há lá coisa melhor que um abraço demorado e cúmplice, por exemplo? Que outra coisa o poderia substituir, que não um mesmo abraço com as mesmas características?
E se a pessoa que abraçamos for diferente, teve de ser substituída por outra pessoa com quem tenhamos o género de relação que resulte nesse tipo de carinho - tal com tínhamos tido antes.
Não sendo possível, e ainda bem, conceber duas pessoas iguais, há sempre algo em comum nas que vamos substituindo na nossa companhia, em todos os sentidos: ou são elas que têm características comuns ou somos nós que as sentimos duma forma similar à nossa, similar ao que sempre fomos.
Para mim não se pode resumir mais esta verdade: que não há maneira de substituir um grande amor sem ser com outro, por exemplo, que não há maneira de substituir nada a não ser que se tenha algo que, na prática, seja do "mesmo género", no sentido de que nos dê o mesmo tipo de satisfação e prazer que tínhamos antes, ou pelo qual tenhamos o mesmo tipo de gosto e sentimento.

Sem que nada nem ninguém se esqueça, sem confundir substituir com esquecer ou enterrar o que se teve, o que é certo é que, para mim, é verdade, e que pessoalmente estou convicto que é por isso que pelo muito que tenhamos às vezes sentimos que nos falta qualquer coisa, e que normalmente, apesar de não o dizermos, sabemos o que é:

"It takes one to replace one."

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Figueira - Montemor - Alfarelos - Pereira - Taveiro - Coimbra

A estrada tem troços menos bons, mas é só rectas é não há semáforos de 50.
O conselho é que façam Coimbra-Figueira primeiro e só depois o inverso: a sinalização é melhor para lá do que para cá.

A professora de Matemática do 9º ano

Juro-vos que punha aqui o nome dela, se me lembrasse. Mas não.
Era a última aula do 9º ano, tínhamos ido ver um filme sobre já não sei o quê, claramente um fazer de tempo até que as férias chegassem. Como na altura era moda, queríamos dedicatórias para levar para as férias, principalmente das professoras que possivelmente não veríamos mais.
- Oh Professora - disse eu, depois de ja ter tocado - faça aí uma dedicatória.
"Mas já tocou, tenho pouco tempo para escrever..."
- Ponha aí qualquer coisa, professora.
Ela olhou para mim, escreveu, e enquanto o pessoal arrumava ela deu-me o papel para a mão e ficou a escrever outra coisa a alguém.

"Quando tiver um filho quero que ele seja como tu"

tinha ela escrito.
Lembro-me que não estava à espera. Estagnei, a olhar para ela e enquanto escrevia a outra pessoa olhou-me e sorriu
- Foi profundo, professora, obrigado.
E retirei-me sem saber o que mais dizer.

Uns 3 anos mais tarde encontrei-a por acaso, na baixa, e tal como hoje, não sabia o nome dela.
"Carlos!" diz ela. "Como estás?"
Falámos sobre a vida dela, mas principalmente da minha. E sabem que mais?
Não pude deixar de sorrir ao vê-la com uma barriga de grávida aí com uns 7 meses.
Lembrei-me do episódio, e resisti à tentação de perguntar se era um rapaz, mas sei que fiquei muito feliz por ela.
E tendo em conta o que ela merecia, sairá melhor ainda, com certeza.

terça-feira, 22 de julho de 2008

A homenagem

Às pessoas que conseguem tirar as palavras a quem as tem, e as sabe utilizar, em sobra, a homenagem possível é feita assim: sem elas.


Jeremias, O Fora-da-Lei - Jorge Palma

Neste caso, o lado de fora não é o de fora da lei, mas o de fora da "caixa".
Obrigado, primo.

Tiradas de Génio

Sabem o que é o HIV?
É o hi5 dos romanos.

... à Mafaldinha :)

Reencarnação

Não acredito nela. Mas se a houver, então noutra vida eu terei morrido novo e subitamente, com a mão dada à mulher da minha
(ou daquela, sendo assim)
vida, pensando por que razão tudo tinha de acabar tão cedo.

Querem apostar?

That's me

Sei ser uma pessoa das pessoas quando as pessoas precisam de mim.
Estou a aprender ser uma pessoa das pessoas quando as pessoas momentaneamente não precisam.

Quem me vir em complexo deixará de me bem ver
Pois no propósito ou no intento eu sou e serei;
Com o método e o meio que em tempo me couber
Pelo que é simples, e que simples entendo, lutarei.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Lion King Medley

Aquela coisa por musicas da disney

quarta-feira, 16 de julho de 2008

De cabeça baixa, a ouvir

Fala para aí que o que me dizes já eu conheço de cor
Faz que não sabes, não conheces, não pensas,
Faz em consciência o que achares melhor;

Fala para aí que o que digas agora
Nada muda no que foi dito ou ficou por dizer,
Entre o que sabíamos verdade e nos ficou por saber;

Fala que eu ouço e não compro nem uma das que digas,
Porque te sei, e à verdade, e pelo menos que seja
Isso onde a diferença, de facto, esteja.

Fala enquanto o mundo gira contigo nele
E não à tua volta como gostas de pensar:
Julgas tu que algum dia parará de girar?

Não conheces o que falas porque o que falas não és tu;
Não integras o que calas porque não falas o que sentes;
E enquanto o mundo gira, contigo nele, mentes.

E enquanto o mundo gira não é a mim que convences -
- Que eu soube-me feliz, e capaz de to expressar,
E não sei se estarei cá quando o teu discurso mudar.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Lembram-se?

Not such thing as a bohemian

Um orgulho

Dá orgulho ter amigas que escrevem assim.
Podia tê-lo sido por mim, mas nunca tão bem.

Reliability

Gosto muito desta palavra: podia usar fiabilidade, a portuguesa, e era a mesma coisa.
Fiabilidade, aquilo que é fiável, em que se pode fiar (ou confiar)
Reliability, things you can rely on; rely significa deixar "à confiança", significa um desprendimento em relação à responsabilidade, um saber que está "bem entregue".

Muitas vezes, quando era puto, perguntava à mãe se podia ir ao café ou a outro sítio qualquer: "pergunta ao teu pai".
- Pai, posso ir ao café?
"Sei lá, pergunta à tua mãe"
- A mãe disse para te perguntar a ti!
"Por mim, podes"
- Mãe, vou ao café!

Sem querer, estavam a dar-me uma lição incrível, associada ao facto de nenhum deles desdizer o outro quando alguém falava primeiro: o que quer que um deles decidisse estava bem decidido; e claro, quando pontualmente havia divergências resolviam-se a dois, para que a palavra dos dois pudesse sempre ser dada por um deles e valesse sempre por ambos, e para ambos, sem que os filhos se apercebessem da divergência ou pudessem explorar algum ascendente em relação ao que deles tendesse a ser mais benevolente.
Era um descanso para eles, e, agora vejo, para nós.
Porque para confiar é preciso admirar-se e identificar-se em quem e com quem se confia:

Confio em ti :)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Já está!

"O Carlos não me diga que está a tentar tirar 20?!"
Era o último da sala e estava apenas a rever as respostas, para encontrar possíveis incoerências gramaticais. Antes do exame, tinha-me dito o professor que o meu primeiro exame - o da primeira época, no qual tinha tirado um mísero 6 - tinha sido "vazio de conteúdos", quando o fui ver ao gabinete, encontrado que o tinha por acaso.
- Por acaso é a minha última cadeira, professor! - tinha-lhe eu dito em tom divertido - se conseguir passar hoje fico licenciado.
"Então faça isso! Até já!"

- Não, professor, estava apenas a ver se tinha algum erro...
"Mas vai ter de entregar, está bem? E se quiser que eu dê uma vista de olhos rápida, posso dizer-lhe talvez se passou ou não, para ir beber o seu copo hoje descansado..."
- Se puder ser então... !
Angústia. O achar que se tinha uma boa prova e que talvez não fosse suficiente.
"Vai ter entre 12 e 15, não se preocupe. E já agora, muitos parabéns!"
É, então, "oficial": apesar de ainda não ter saído a nota, sou, com 20 anos e 147 dias,

Licenciado em Gestão pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
Game, set, match and tournament: Carlos.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Tudo ou nada

É como ter um match point no ténis: só falta um pontinho, um mísero ponto comparado aos que já conquistámos antes. Apesar de termos servido bem no encontro, temos de bater a bola 25 vezes no chão para que a mão não trema. Caso acertemos, é a glória.
Caso falhemos, o que está para trás deixa de ter valor. Possivelmente, podemos perder o jogo e dizer "ao menos estive perto", o que saberá sempre a pouco.
Falhar um match point significa adiar algo que outros poderão ter como certo, mas que para nós só se conquista efectivamente depois de o acertarmos.
Digamos que posso vencer este torneio sem nunca ter cedido um set, mesmo que em alguns jogos o meu ténis possa não ter sido brilhante. Digamos que posso um dia contar aos meus netos que tirei um curso superior sem deixar nenhuma cadeira para trás, mesmo que lhes diga que segundo os seus bisavós isso "não era mais do que a minha obrigação".

Para isso, falta o match point. Que virá, mais cedo ou mais tarde, mas que eu quero que venha mais cedo. É amanhã. História Contemporânea.

Quiet please, the game is about to start.
Thank you.
Carlos to serve.

terça-feira, 1 de julho de 2008