quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Palavras leva-as o vento...

Abençoada Mãe



A Sra. Dona Penélope Cruz com a irmã, a Mónica.

Um Dia de Treino no Benfica 07/08

Deixem-me começar por dizer que sou benfiquista.
Mas quase que fui ás lagrimas de tanto rir quando li isto:

00:30 - Nuno Assis vai para a noite.
00:31 - Nuno Assis toma um comprimido, supostamente um suplemento vitamínico.
00:43 - Nuno Assis é o rei da festa.
06:00 - Nuno Gomes acorda.
06:15 - Nuno Gomes começa a pentear-se.
06:45 - Nuno Gomes acaba de pentear-se.
06:46 - Nuno Gomes aplica uma panóplia de cremes hidratantes e produtos capilares nos quais se inclui muco nasal de Cristiano Ronaldo.
07:00 - Nuno Assis sai da discoteca.
07:10 - Nuno Assis grita ao ver uma árvore correr na sua direcção.
08:00 - Bynia toma o pequeno alomoço.
08:01 - Bynia chora.
08:02 - Bynia parte uma chávena à cabeçada.
08:03 - Bynia chora.
08:04 - Bynia parte a torradeira à dentada.
08:05 - Bynia chora.
08:06 - A mulher de Bynia acorda.
08:07 - Bynia cumprimenta a mulher com uma entrada de carrinho.
08:08 - Bynia chora.
08:25 - Bynia atropela 3 pessoas no caminho do treino.
08:26 - Bynia chora e diz que foi sem intenção.
08:32 - Cardozo bate com o carro num poste de electricidade.
08:40 - Bynia entra no balneário.
08:42 - Leo esconde-se dentro de uma chuteira.
08:47 - Nuno Assis deixa cair um saquinho com um pó branco.
08:49 - Luisão pergunta a Nuno Assis paraa que é que ele quer um saco de farinha.
09:00 - Início do treino.
09:01 - Corrida à volta do campo.
09:02 - Luisão corre no sentido contrário ao dos colegas.
09:03 - Rodríguez dá uma volta de avanço aos restantes companheiros.
09:04 - Coentrão cai devido à deslocação do ar provocada pela passagem de Rodríguez.
09:06 - Rui Costa está cansado.
09:20 - Camacho manda os jogadores treinar o jogo de cabeça.
09:21 - Camacho chama um infantil para treinar com Leo.
09:25 - Cardozo cabeceia para a bancada.
09:32 - Há uma rajada de vento.
09:33 - Coentrão cai com a força do vento.
09:39 - Cardozo acerta na bola com o nariz.
09:45 - Camacho manda os jogadores juntarem-se 2 a 2 para treinarem o um-para-um.
09:46 - Bynia fica sem par.
09:47 - Luisão oferece-se para ficar com Bynia.
09:48 - Bynia dá uma joelhada na cabeça de Luisão.
09:49 - Bynia chora por ter magoado Luisão.
09:50 - Luisão desculpa Bynia dizendo: “Não faz mal, mais alto, menos alto não faz diferença”.
09:54 - Coentrão cai.
09:56 - Yu Dabao tenta fintar Katsouranis.
09:57 - Yu Dabao aparece de perna partida.
10:00 - Mantorras sai do treino para ser operado ao joelho.
10:05 - Mantorras volta ao treino depois de mais uma recuperação em tempo record.
10:08 - Nuno Gomes falha um golo em cima da linha.
10:10 - David Luiz lesiona-se, após entrada de Bynia.
10:11 - Departamento médico estima o tempo de paragem de David Luiz em 3 semanas.
10:12 - David Luiz é dado como apto.
10:13 - David Luiz lesiona-se.
10:21 - Mantorras perde o joelho.
10:30 - Peladinha.
10:31 - Camacho põe Petit, Bynia e Katsouranis na mesma equipa.
10:32 - A outra equipa foge do campo.
10:33 - Camacho reformula as equipas, pondo Bergessio e Nuno Gomes na mesma.
10:34 - Quim, guarda redes da equipa adversária, aproveita para ir ao café.
10:35 - Bergessio remata para a bancada.
10:37 - Bergessio remata para o banco de suplentes.
10:40 - Camacho testa Maxi Pereira a defesa direito.
10:43 - Nuno Assis queixa-se de dores de dentes e pede para ir tomar um analgésico.
10:45 - Nuno Assis regressa ao treino.
10:46 - Nuno Assis pega na bola, corre o campo todo, finta 6 adversários, passa impune a uma entrada de Bynia e marca golo.
10:48 - Quim regressa com um jornal.
10:49 - Quim encosta-se ao poste da baliza a ler o jornal.
10:50 - Nuno Assis marca o 4º golo em 5 minutos.
10:51 - Camacho testa Maxi Pereira a ponta de lança.
10:52 - Bergessio encontra o jelho de Mantorras e atira-o para a bancada.
10:53 - Quim vira a página do jornal, provocando a queda de Coentrão.
10:54 - Luís Filipe Vieira acusa Pinto da Costa de estar por trás do desaparecimento da Maddie.
10:55 - Bergessio é convidado para ser o 49º argentino a jogar na selecção nacional de rugby.
10:56 - Bynia entra a pés juntos ao poste da baliza.
10:58 - O poste parte.
10:59 - Bynia chora.
11:00 - Luisão vai fazer de poste.
11:01 - Luís Filipe vai marcar Luisão.
11:02 - Cardozo remata e acerta em Luisão.
11:04 - Camacho testa Maxi Pereira a poste de baliza.
11:05 - Cardozo acerta em Maxi Pereira.
11:06 - Maxi Pereira grito de dor.
11:07 - O grito de Maxi Pereira faz cair Coentrão.
11:08 - Quim continua a ler o jornal.
11:09 - Camacho põe Zoro na equipa de Quim.
11:10 - Quim volta imediatamente para a baliza.
11:11 - Miguelito pergunta o que está a fazer no Benfica.
11:14 - Rui Costa marca um golo com a bengala.
11:16 - Nelson faz 2 cruzamentos.
11:17 - Nelson junta-se a Bergessio na selecção de rugby
11:18 - Quim sofre o 5º golo em menos de 10 minutos.
11:21 - Leo atira-se para cima de Andrés Diaz.
11:22 - Falta, obstruçaõ claríssima de Andrés Diaz.
11:25 - Camacho pergunta a Andrés Diaz quem é ele.
11:28 - Adu entra em campo.
11:30 - Acaba o treino.
11:31 - Adu marca o golo da vitória.
11:32 - Os jogadores recolhem ao balneário.
11:33 - Luís Filipe continua em campo à procura do jogador que tem de marcar.
11:35 - Mantorras continua no campo à procura do joelho.
11:42 - Os jogadores vão tomar banho.
11:43 - Luisão deixa cair o chuveiro em cima do próprio pé.
11:44 - A queda do chuveiro lesiona Mantorras.
11:45 - Os jogadores descobrem que a água foi cortada por falta de pagamento.
11:46 - Bynia parte um chuveiro à cabeçada.
11:47 - Bynia chora.
11:52 - É encontrado um limão no cacifo de Nuno Assis.
12:00 - Conferência de imprensa de Camacho.
12:05 - Camacho diz que Bynia “juega con muchas ganas”.
12:06 - Bynia chora e diz que não fez por mal.
12:10 - Camacho diz necessitar de reforços.
12:15 - Camacho diz que joga sempre com 2 avançados.
12:22 - Camacho diz que joga sempre com 11 jogadores, mesmo com Miguelito em campo.
12:27 - Camacho, irritado com os jornalistas, dá um murro na mesa.
12:28 - Coentrão cai.
12:42 - É apresentado um novo jogador para a equipade basquetebol do Benfica, que joga a poste.
12:43 - Cardozo acerta no novo jogador de basket.
13:00 - Almoço dos dirigentes da SAD.
13:10 - Manuel Vilarinho começa a ficar vermelho.
13:14 - Manuel Vilarinho ri muito alto.
13:23 - Manuel Vilarinho canta Quim Barreiros.
13:35 - Durante o seu almoço, Cardozo acerta com o garfo no lábio.
13:45 - Bynia vai almoçar com Petit e Katsouranis.
13:46 - Bynia, Petit e Katsouranis entram no restaurante.
13:47 - O restaurante fica vazio.
13:48 - Bynia chora e diz que não fez por mal.
13:56 - Bynia espeta um garfo em Petit.
13:57 - Bynia chora e diz que não fez por mal.
14:00 - Camacho demite-se.
14:01 - Manuél José começa a elogiar o Benfica.
14:12 - Nuno Gomes vai ao cabeleireiro.
14:21 - Mantorras torce o pulso ao por o carro a trabalhar.
14:23 - Luís Filipe Vieira torna-se o melhor amigo de José veiga.
14:24 - Luís Filipe Vieira torna-se o pior inimigo de José veiga.
14:30 - Camacho reconsidera e reassume o cargo de treinador.
14:31 - Manuel José cala-se.
14:45 - Rui Costa vai fazer a sesta.
15:00 - Luís Filipe Vieira apresenta o novo administrador da SAD, portista de coração.
15:43 - Um pobre pede uma esmola a Bergessio.
15:44 - Bergessio atira uma moeda ao pobre.
15:45 - A moeda vai para ao outro lado da rua.
16:00 - É contratado um novo tratador de relva, sportinguista de coração.
16:20 - Cardozo vai ao cinema.
16:21 - Cardozo compra um pacote de pipocas.
16:22 - Cardozo entra na sala ao lado da do seu filme.
16:25 - Cardozo acerta com uma mão cheia de pipocas nos lábios.
16:45 - Cardozo lá consegue comer uma pipoca.
17:15 - Bergessio vai jogar Bowling
17:18 - Bergessio faz um strike na pista do lado.
18:00 - Rui Costa vai jantar.
19:00 - Rui Costa vai dormir.
20:03 - Luís Filipe Vieira anuncia a contratação de Rachid Ahmed Mohammed, ponta de lança argelino.
20:04 - Rachid Ahmed Mohammed é emprestado ao Estrela da Amadora.
20:06 - Rachid Ahmed Mohammed fica no plantel do benfica.
20:07 - Rachid Ahmed Mohammed é afinal um bombista suicída.
20:09 - Rachid Ahmed Mohammed rebenta com o centro de estágio.
20:10 - Bynia chora e diz que não fez por mal.
20:13 - Luís Filipe Vieira foge dos restos do centro de estágio.
20:15 - Luís filipe Vieira é perseguido pelo presidente da Câmara Municipal do Seixal, que o persegue com várias facturas na mão.
21:10 - Adu bebe uns canecos.
21:13 - Adu escreve no blog.

(Texto escrito por H@ns aqui e lido em Rascunho Virtual

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ok, eu admito













estou viciado no black parade.
estou viciado nestes gajos.
Esta penultima então... o meu dia não começa sem ser a esgalhar com esta filha da mãe!


My Chemical Romance, para aquelas duas alminhas no fim do mundo que não sabem quem eles são.

domingo, 25 de novembro de 2007

O meu Benfica



No segundo golo então, a bancada foi toda minha.

"Isto era um golo...
Isto nos pés do Simãozinho era um golo...."

"Schiuuu!!"

"Mas quê, pensas que vai ser golo?
Está bem, está..."

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A gente pinta de novo

Cai e estraga, esmaga o coração
Tempo perdido ou gasto em vão?
Olha-se e pasma-se não acreditando
No por demais evidente chão,
Que desaba e se repõe continuamente
Assim nós lhe demos vazão.
Cacos apanhados e a dor na coluna
De estarmos dobrados e da sina ser uma...
Olhamos à volta escondemos os cacos
Alguém reparou em mim, não!?
Como não, com todo este povo,
E se o quadro ou fantasia tão presente?
"A gente pinta de novo"!
Não há quem mo diga minha gente?
Estou farto de segurar na paleta.
Calos e dores, malogrado pincel!
E que o povo à volta remeta
Os meus males para o papel.
Quero parar, que pintem por mim,
E chorar com lágrimas de sal.
Não há papel como o teu ombro, amor
Que me tire tão bem o meu mal.

Casa comigo

Não pretendo ser mais do que sou,
Prometo-me a mim em cada instante.
Prometo as rosas que te dou
E a minha tromba de elefante.

Prometo o sorriso que te roubo
E a preocupação a que te retenho.
O comprimido azul, de um golo,
Para evitar o mau desempenho!

O não saber que te fazer mais
E o magoar-te sem querer.
O não pensar vezes demais
No porquê de te merecer.

O ser por ti e para ti
E sê-lo assim como conheces
Amor, paciência e sacrifício
E tudo o mais que me ensinasses.

Casa comigo *

--------

Obrigado por me aturares :)

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Agora inclina para a direita...

Lembro-me da primeira vez que vi dois pontos seguidos de um fecha parêntesis.
E pensei: que merda é esta?
"agora inclina para a direita..." um bonequinho com olhos e um sorriso de orelha a orelha olhava-me e expressava exactamente o sentimento da pessoa do outro lado da mensagem.
O ponto final seria de menos, o de exclamação de mais. Aquilo... era perfeito.
Dava para acabar de ler a mensagem e, de facto, imaginar aquele sorriso amigo, de contentamento, travesso, etc...
Gosto de terminar uma conversa no MSN e puxar aquela barrinha para cima de repente.
Lê-se alguma coisa? Não.
O que se vê são smiles... e normalmente quando a conversa foi boa as linhas estão cravadas deles. E nós podemos quantificar assim o quanto gostámos ou não dela.
E mais: quando pegamos na barra já com um sorriso foi porque pegámos nela com a certeza que íamos encontrar essa prova nas linhas acima.
Mostrar a alguém que estamos felizes faz-nos felizes.
Obrigado a quem inventou os smiles :)

sábado, 3 de novembro de 2007

Deixas-me ajudar-te?

Quem gosta de ajudar ou quer ajudar, parte de um princípio base que pode estar errado: o de que pode, de facto, ajudar.
Pensa que terá ao longo da vida tido experiências que que sirvam para o caso; pressupõe que a ajuda é necessária; pressupõe que a sua opinião conta, que a pessoa que precisa de ajuda vai ficar melhor depois de ouvir aquelas preciosas palavras que mudam tudo.
Pressupõe que ajudar significa agir, mudar, fazer ver, que implica algo da sua parte.
Ajudar é um acto unilateral, sim, mas de quem está a ser ajudado.
O primeiro passo para ajudarmos é não julgarmos que estamos certos: antes damos a nossa visão sobre as coisas, para que a pessoa a compreenda; qualquer pessoa pode ajudar, portanto não nos julguemos imprescindíveis: todos nós temos pontos de vista, certo?
E mais, se os conselhos fossem bons não se davam, vendiam-se.
Às vezes ajudar significa olhar de longe e deixar errar. Significa ficar quieto.
Significa deixar que a outra pessoa descubra. Fingir que não ajudámos.
Às vezes ajudar é estar lá, apenas. É não saber se se pode ou não melhorar alguma coisa, mas estar completamente disposto a isso.

Quem ajuda tem de acompanhar para a vida. Mesmo de longe.
E não me esqueço do que o meu avôzinho dizia:
"Ensaboar a cabeça a burros, é um desperdício de tempo e de sabão"

e tal como tudo o que ele dizia, é verdade.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A musica, sempre ela



Vejam também "heart and soul - three versions"

I like your enthusiasm

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Everything - Michael Bublé



Não há ninguém que seja tudo. Que signifique tudo.
Embora tudo possa significar esse alguém.

You're a falling star, You're the get away car.
You're the line in the sand when I go too far.
You're the swimming pool, on an August day.
And you're the perfect thing to say.

And you play it coy, but it's kinda cute.
Ah, When you smile at me you know exactly what you do.
Baby don't pretend, that you don't know it's true.
Cause you can see it when I look at you.

[Chorus:]
And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, You make me sing.
You're every line, you're every word, you're everything.

You're a carousel, you're a wishing well,
And you light me up, when you ring my bell.
You're a mystery, you're from outer space,
You're every minute of my everyday.

And I can't believe, uh that I'm your man,
And I get to kiss you baby just because I can.
Whatever comes our way, ah we'll see it through,
And you know that's what our love can do.

[Chorus:]
And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, You make me sing
You're every line, you're every word, you're everything.

So, La, La, La, La, La, La, La
So, La, La, La, La, La, La, La

[Chorus:]
And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, You make me sing.
You're every line, you're every word, you're everything.
You're every song, and I sing along.
'Cause you're my everything.
Yeah, yeah

So, La, La, La, La, La, La, La
So, La, La, La, La, La, La, La, La, La, La, La

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O Melhor Sorriso

O melhor sorriso é o sorriso egoísta. Perdoem-me, mas é.
Não é aquele que partilhamos com amigos, não são as gargalhadas que damos a ver vídeos, não são aqueles provocados por anedotas ou piadas parvas, não são os que nos fazem chorar de tanto de rir. Não são os de troça.

O melhor sorriso de todos vem duma sensação de orgulho, em nós, ou nos outros.
Aquele que é impossível de evitar, que vem a seguir a uma vitória pessoal ou de alguém que admiramos.
A sensação de fintar meia equipa adversária, marcar por debaixo das pernas do guarda-redes.
A piada que mais ninguém percebe ou que só nós é que temos perspicácia para apanhar.
O primo a quem nós ensinámos algo e que agora fez um brilharete.
O sorriso de quem topa a côr do soutien da colega sem que ela dê por isso.
Ou de quem consegue pregar uma partida sem dar nas vistas.
Ou de quem teve uma noite longa de rambóia e não deve satisfações a ninguém.
Aquele que fazemos quando o gajo que gosta da nossa namorada ficou com uns cornos brutais só porque nos viu beijá-la. E tentou disfarçar.
O sorriso de quem está com a miuda mais boazuda da discoteca, mesmo que seja só nessa noite.
O sorriso do dever cumprido. O que tentamos esconder olhando para o chão ou fazendo-o no carro, só para nós, enquanto abanamos a cabeça e pensamos "foda-se, sou mesmo bom!".
O sorriso que só se conhece quando se o sente.
O sorriso que se faz quando nos revemos escritos num texto de outra pessoa.
O sorriso parvo, sabem? Aquele que se fosse só ele ninguém se ria, mas que toda a gente sente de vez em quando.
Aquele sorriso que quando o fazemos, sabemos que é o nosso melhor.
E que quando gostamos, sabemos entender.

domingo, 7 de outubro de 2007

Zero Gravity


Entre os 20 e os 45 segundos
Como se estivessemos em órbita com a Terra.
Sem gravidade.
Brutal.

sábado, 6 de outubro de 2007

Santana Lopes vs. José Mourinho



Jornalistas... ou jornaleiros?

Piada Brejeira - Por Miguel Gil

Quais são as únicas flores que se calçam?
São dálias.

Encosta-te a Mim



De testas encostadas, a pedir que o tempo pare, no quente, no sonolento, no de quem tem tudo ali e ali ficava.
Sabermos que somos felizes.
Assim.

"O que não vivi, hei-de inventar contigo"

Comer Pudins - Por Ricardo Araújo Pereira

Se eu fosse uma série



AH AH AH AH
Se eu fosse uma série era o Alf, o Cheers, o Family Ties, o Friends, o House, o Prison Break, o Seinfeld ou o Will and Grace.
Mas esses não havia :)

O sitio favorito



Em cheio!

Como são os meus beijos?



Devo dizer que havia perguntas com mais do que uma resposta possível, e experimentei algumas combinações. Para além de intensos, os meus beijos, ao que parece, serão também tímidos algumas vezes.
Acho piada a estas coisas...

Se eu fosse uma música romântica

Se eu fosse uma bola de gelado...

19 de Agosto de 2006

Bonita a forma como ele colocava a bola. Baixito, franzino, tomava balanço para marcar o penalti, com um ar tão compenetrado como se fosse o último da série de 5 que decidia o título do campeonato do mundo.
Corria, rematava e no momento em que tocava a bola voltava a ser um puto de 11 anos. Se marcasse, o que era mais que certo porque eu estava a fazer de guarda redes, em vez de festejar, sorria. Se falhasse, sorria na mesma desde que fosse eu ou o meu irmão a defender. Trocámos, porque ele, o Miguel, falhou. E enquanto eu preparo a bola sinto uma comichão no gémeo direito. Normal. Depois de marcar, o Paulo diz “opa espera aí, só mais um” e eu não percebendo bem porquê disse “não pá, vamos embora”. “oh, vê lá se morres ou o caralho!” e marcou o penalti com o puto na baliza enquanto eu arrumava as minhas coisas, e coçava a borbulha que tinha no gémeo direito. Caramba, era uma borbulha grande já...
Eles finalmente pegaram nas cenas e quando chegaram ao fundo do passadiço estava eu a limpar os pés e a calçar as sandálias, mas sem perceber onde é que estava o bicho. Se já me coçavam as duas pernas e sentia um formigueiro nos pés, o bicho ainda devia estar na minha pele, certo? 4 minutos depois da primeira comichão, partimos. A casa ficava a 200 metros da praia mas a meio do caminho tive de despir a camisola. “oh paulo, vê se tenho algum bicho nas costas” exigi eu, já nervoso por não conseguir perceber o que raio se estava a passar ou por não querer acreditar que o que poderia ser estava de facto a acontecer.
Coitado do meu irmão... estava um gajo com comichões a chatear-lhe a cabeça e a pedir que lhe visse dos bichos quando claramente nao tinha nenhum. “Foda-se, achas que eu sou cego?” Fiz os últimos 100 metros a correr. Eu sabia que quanto mais rápido o sangue passava pior era, mas sinceramente só queria chegar a casa. Entrei na casa de banho à frente da pessoa que era convidada na casa, sem pedir licença, facto pelo qual a minha mãe fez um escabeche desgraçado. “Oh mãe eu tenho mesmo de tomar agora!” disse-lhe, enquanto despia os calções de banho na casa de banho do tapete cor-de-rosa e entrava na banheira. Água quente, shampoo, gel de banho, a esfregar-me como se nao houvesse amanhã, a lavar o cabelo e a pensar “isto só pode estar no meu cabelo” e de repente o couro cabeludo começa a picar, como tinham começado a perna e depois a outra perna e depois as costas e finalmente todo o corpo até chegar lá acima. Nunca tinha feito uma reacção alérgica tão grave. É certo que eu sabia ser alérgico a pêlos, pó, pólen, àcaros e tabaco, mas que eu soubesse não tinha estado em contacto com nenhum deles, e talvez por isso não associei logo. Mas no banho tive a certeza que era isso.
E se era isso, então o banho não ía servir de nada. Saí da casa de banho tão rápido como entrei, ainda molhado, com o toalhão a tapar-me minimamente, já depois de no espelho ter reparado que estava desfigurado. A minha testa tinha líquido e este acumulava-se por cima dos olhos, a cara começava a inchar para além das pontinhas vermelhas que por essa hora eu já tinha generalizadamente e não tardaria a coisa podia alastrar. Pensei “estúpido, carlos, estúpido, ja devias ter partido para o hospital” mas consegui manter-me relativamente calmo. “Mãe, tenho borbulhas na cara” e ela que via televisão, sem de lá tirar os olhos disse “olha que admiração, ficas na praia até à noite de pois admiras-te de ter borb.... Oh Lúcia, acode aqui!” Alvoroço total. A minha mãe comandava as tropas: preparava Solu-medrol, dizia à minha tia para ir buscar Rosilan, pedia a bomba ao meu irmão, exigiu que eu me sentasse na cadeira da cozinha e que o meu pai me apertasse o braço esquerdo para me apanhar uma veia. “oh Clara, eu não gosto...” “Opá segura no braço do puto!” mas a minha tia, que já tinha ido buscar os comprimidos, segurou. Toda a operação durou no máximo 1 minuto. Quando vi ja tinha 125mg de solu-medrol na veia, mais 3 comprimidos de rosilan no bucho, a bomba para o caso dos bronquios se lixarem e mais medicamentos preparados para me manterem fixe até ao hospital, caso fosse preciso lá ir. “Não lhe fazem lá mais do que eu lhe fiz, pah” diz a minha mãe meio que falando sozinha, tentando perceber se haveria mais alguma coisa a fazer; “respiras bem?”; “sentes o pescoço inchado?” Sim, não. A questão é que eu não tinha noção da minha cara, e era por isso que ela estava assustada. Para além da testa, desta vez toda a cara estava como ela. As bochechas doíam como quando as puxam e os labios estavam do tamanho que costumam ficar quando têm um grande herpes. Mas um daqueles generalizado...
A mãe explicou que era da dilatação dos vasos e que era água acho eu, acho que foi isso que ela disse. Só tenho a certeza que o meu irmão e os meus primos não se mexiam, o meu pai estava atento e preparado para pegar no carro, o meu tio a olhar para mim muito sério, a minha tia de lágrimas nos olhos e a minha mãe com um olhar de lince, a ver o inchaço, as borbulhas, as doses, e eu com um toalhão já mal enrolado, nu, na cadeira da cozinha, toalhão que depois foi substituído por um pano de cozinha, para a minha mãe ver as pernas.
Passou.
Eram 20:50 e quem olhasse para mim via-me descansar na cama e não pensaria no que tinha acontecido. Embora só tenha desaparecido 24 horas depois, o inchaço diminuiu muito logo aí. O Nelson, a visita, estava a tentar distrair os putos. A minha mãe foi à casa de banho 4 vezes seguidas. A minha tia chorava do susto, mas longe de mim e deles. A diana veio dar um beijinho porque la deve ter achado que eu merecia depois daquilo. É uma riqueza! E eu confesso que chorei também porque tive medo. 2 lágrimas que eu tratei logo de limpar. Devia estar contente por estar tudo bem, não é?
Não vou fazer desta história um drama, porque não o foi. Nem que eu tivesse morrido seria, pelo menos para mim. Era só uma questao de não haver solu-medrol em casa, da minha mãe não ser enfermeira, de eu ter demorado mais uns minutos, de ter começado por asfixiar em vez de começar pelas borbulhas... se alguma coisa destas falhasse, talvez não chegasse ao hospital a tempo.
Mas este episódio ajudou-me a entender que o tempo é relativo. Que 20 minutos podem ser fatais, e que às vezes um ano é pouco. Que num segundo se fica incapacitado e se estraga um futuro que duraria 50 ou 60 anos. Entendi que não tinham ficado nenhuns danos em mim, para além dos efeitos secundários normais da cortisona, que são fortes. Agradeci ao acaso não estar relegado a nada definitivo, naquele momento.
Apesar de ser impulsivo quando se trata de defender os meus valores, as minhas pessoas queridas ou adjudicar o meu sentido de justiça, aprendi a ser paciente nas coisas realmente importantes. Aprendi que podemos andar 1000 anos na merda e num momento mudar tudo, ou ao contrário. Aprendi que todas as pessoas merecem uma segunda oportunidade como a que eu tive, caso queiram tê-la, e caso a mereçam. As pessoas merecem uma segunda oportunidade caso a mereçam. E como é que nós sabemos se a merecem? We just do, don’t we?
Aprendi a não fazer grandes dramas: o mundo é afectado por nós, sim, mas numa escala que vai ser sempre pequena não importa o quanto nos esforcemos. Aprendi que os sentimentos andam num círculo, e que o diâmetro desse circulo começa na indiferença e no respeito, lado a lado, e acaba no amor e no ódio, lado a lado.
Aprendi a querer aprender com a vida, não numa perspectiva do género “vou lutar para ser melhor nisto ou naquilo, para conseguir isto e aquilo, ou aquela pessoa” para um “vou lutar para ser feliz, para ser melhor pessoa, para ter força para dar segundas oportunidades, caso se mereça, para perdoar mesmo que magoado, para aceitar o que não posso mudar, mas para tentar mudar sempre o que possa”. Só há duas pessoas que odeio no mundo, e o que quero delas é distância. Ainda luto para não desejar-lhes mal, mas de vez em quando não consigo. Mas não, não é mais forte do que eu. É uma experiência bipolar. Se há momentos em que as odeio quando penso nelas, logo a seguir as respeito e as ignoro, tal como merecem. Se olho por olho, dente por dente, então todo o mundo fica cego, certo?
Quem mente, esconde, engana, se vinga, quem faz mal às outras pessoas por puro egoísmo, quem age de forma incoerente, ao sabor dos seus desejos e caprichos, quem não é capaz de se sacrificar por alguém, um dia, eu acredito, vai ter a recompensa disso.
E não sou eu ou alguma pessoa que lha dará, é a vida.
Como me deu a mim, no dia 19 de agosto de 2006, em Altura, no Algarve.

Sabedoria Popular aplicada às Gajas

Não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe.
Não há quem não padeça, quer seja do rabo ou da cabeça.
A verdade é como o azeite e as conversas como as cerejas.
O maior cego é aquele que não quer ver.
Presunção e água benta, cada um toma a que quer.
Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita.
Quem te avisa teu amigo é.

E o que é que isto tem a ver com gajas?
Tem tudo.

Staring at the Sun

Espreitava o sol, agora, por cima do ombro.
De costas para onde este se punha, no mar.
Queria guardar para sempre aquele assombro
Recordar doce imagem, os raios a bailar,
O quente com que inundava o seu mundo.

Mas a noite viria porque o vento já vindo
A trazia, a carregava e a ía descobrindo.
E ela de costas para o sol que se pusera
Interrogava-se: de quem aquele sol – de quem era?
Seria seu ou de qualquer ser vagabundo?

Ignorando as filosofias, atentava no claro:
A toalha não chegava para lhe afagar o corpo.
E depois do que disfrutara daquele momento raro
Tinha frio, estava cansada, seu espírito jazia morto.

Virou-se em frente, arrancou. Peito aberto…
E que peito, que de novo se enchia!
Noite já, fez-se à estrada.
Era mais que certo não saber por onde ia.
Não saber, estava convencida, já quase nada.

Ou saberia?

Iluminação nocturna com lâmpadas e faróis,
Um casaco de malha quente, o cabelo aos caracóis,
Arranca sem deixar rasto, sem querer para seu esposo
Aquele sol que a deleitara de tão quente e luminoso.
Vai sozinha, acompanhada, vai com quem entrar ao lado
Que o carro é comercial e conversar demais é pecado.

Pede palavras, pede conselhos, ouve atenta o passageiro
Que nada quer em troca, nem fortuna, nem dinheiro.
Só quer que ela o ouça e ao seu alegre fado:
“Que as horas passariam e mesmo que chovesse
Ele dali não sairia sem que a aurora aparecesse
E naquela manhã de Verão, agradecendo sua boleia,
Ela deixasse de ver na noite aquela figura tão feia”

Aconteceu

Porque o sol nascera já e desta vez não vinha vento,
Da praia apenas restava um longínquo pensamento.

Ainda o vejo nos olhos dela

Ainda o vejo nos olhos dela.
Quando passa a ferro, quando ajuda um filho, quando vê a obra que ele deixou ficar em casa, sempre tão trabalhador, ele.
Tão amigo, observador, elegante na maneira como era recto com toda a gente, como as palavras na boca dele faziam sentido, como os sorrisos eram grandes quando me pegava ao colo ou me levava a dar uma volta no side-car da BMW enquanto eu fingia que estava dentro de um cockpit de formula 1.
E sempre que lá me punha, apontava para a roda e dizia, muito preocupado com o neto: e não ponhas as mãos ali, hã?
Nos mesmos olhos que adivinharam na perfeicão a gravidez da minha mãe mesmo antes dela ter contado a alguém, assim que chegou a casa depois das férias no Algarve;
naqueles que se embaciam de quando se fala nele; que recordavam a esperança mesmo depois de um ano a tratar o cancro... nos mesmos olhos onde eu recordo o som daquele motor ao meu lado, o homem que o dominava em cima com um capacete simples, como ele, com uma condução perfeita, como ele.
Ainda o vejo assim, ao meu lado, perfeito.
Ainda o vejo na cara dos filhos dele, e consequentemente em mim. Na maneira como eles descem da mota exactamente como o pai fazia, como utilizam expressões celebrizadas por ele que reuniam a sabedoria e a alegria com que ele inundava o coração dela.
O meu.
O de todos nós.
A existência deste texto comprova que as pessoas vivem sempre. Mesmo que não existam mais.
As pessoas vivem sempre.
E o mundo é a soma do que elas foram com aquilo que nós fizermos com isso.

Uma Maneira de Ser

Ela não é indescritível, mas quase. Ela é a riqueza de se ter e de se ser ao mesmo tempo. A razão pela qual eu sou melhor e continuo a melhorar com ela. A minha bengala quando me magoo, é a plataforma segura da base de um projecto maior do que nós próprios.
É um porto de abrigo, a sensação de que se tem tudo quando se parte de viagem, mas sem que a mala pese, é a bonança depois da tempestade, é as palavras que se falam mas que não conseguimos dizer.
É o prazer por que me perco, o lugar onde vou sempre que recordo, e onde vou quando quero recordar.
É a sintonia entre dois metrónomos cujos pesos se ajustaram reciprocamente. Até à décima de milímetro. A coerência de quem sabe o que quer, mas acima de tudo como quer.
De quem sabe a pessoa que é, mas sobretudo sabe o que a compõe, o que faz parte dela.
Ela é um brilho que clareia e aquece sem ofuscar, que não se afecta por quanta luz está à volta: brilha incondicionalmente.
É o momento onde mergulho e flutuo sem precisar de mais nada... é uma maneira de ser.
Ela é uma maneira de ser que eu adoro.
E que é, afinal, indescritível.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Gelo Picado

Gelo gela e queima.
E na impossibilidade de quebrar o gelo (porque sozinhos não conseguimos) podemos picá-lo.
Assim, derrete mais facilmente.

Até já