sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mariza ao Vivo

A mulher tem um vozeirão.
Nunca a tinha ouvido ao vivo e adorei... a "Rosa Branca" e a "Chuva", as minhas favoritas.



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Tenho de ser franco, eu parto-me a rir sempre que vejo isto.



terça-feira, 28 de julho de 2009

Meu Deus do céu

E lá estava ela, tão segura de si, tão bonita e educada.
O jantar sabia-lhe bem, a companhia era feminina: muitas mulheres, camisolas combinadas, pilas na testa, comida no prato, que isto de pôr cada coisa em seu sítio é muito bonito.
Muitas coisas diferentes nos levavam ali: a despedida de solteira da amiga, no caso dela. Aniversários. Jantares de turma. Jantares de amigos, no meu caso.
E a interacção era inevitável - o sotaque do norte, a música calorosa, as mesas arredadas para que todos pudessem dançar e divertir-se. As misturas nos grupos, mais ou menos propositadas.
Durante o jantar o anfitrião cantou Tony Carreira. Delírio. Eu e o mano olhamos um para o outro, numa reacção infelizmente comum: de vez em quando este tipo de música aparece como que de surpresa, cedendo ao destino a melancolia dos 3 ou 4 minutos seguintes das nossas vidas.
Mas ela não. Ela olhava à volta e fazia exactamente o mesmo, como que perguntando em que planeta estaria. Olhámo-nos, sorrimos com vontade. Encolhemos os ombros - é o mundo que temos, teremos pensado ambos.
As crianças da mesa eram fofas. Ela era fofa. Os fofos encontram-se à sobremesa, no espaço que separa uma da outra, e que mais tarde se alargou à dança. O interesse não era mais que pura curiosidade, oportunidade. Nem era interesse ainda. Era uma brincadeira.
"5 euros pelo número de telemóvel dela", e o Paulo divertidíssimo, porque afinal não se perdia nada e ainda nos ríamos um pouco.

"Olá. Olha o meu irmão disse-me que me dava 5 euros se eu te sacasse o número de telemóvel"
Olhar furtivo para mim, que dançava impavidamente.
- Mas eu tenho namorado.
Olha o meu irmão. Com uma namorada que adora, e a miúda a pensar que ele se estava a meter com ela. Nem que ela fosse a Adriana Lima.
"E daí? Nenhum de nós quer namorar contigo"
Seguiu-se a conversa habitual, que era na boa, na boa onda que nos caracteriza, que foi mais pelo Tony do que outra coisa.
E era mesmo.
"Dás-me o número ou não?"

Veio.
"Deves-me 5 euros" - com um sorriso de quem tinha, apenas, ganho uma aposta.
Trocaram duas mensagens. Na manhã seguinte veio a confirmação da atitude.
- Não me mandes mais mensagens. É que tenho namorado e também vou casar daqui a uns meses...
"Opa... ah ah ah... lê esta merda!"
Só consegui abrir a boca, soltar um "hã?" e provocar ainda mais gargalhadas nele.
"Como é que é possível?"
Abanámos a cabeça, negativamente, em conjunto.
De facto, lá estava ela, tão segura de si, tão bonita e educada, com uma pila na testa e a comida no prato, com medo dos homens à volta, perdão, com medo dela, que já tinha homem e não podia falar com mais nenhum, e nem devia haver mais mesas para além da dela, para quê a nossa?, com medo dela, ai que dei o número e não devia ter dado porque agora sou isto e aquilo e eles pensam isto e aquilo, ai que cedi à tentação e sou tão casta e pura, tão bonita e educada, que ainda nem casei e já sou assim.
- Assim
diria ela, tão fraca, que para não ter hipótese de trair o - chegará a sê-lo? - futuro marido (na cabeça dela ou aquilo era uma traição ou iria levar a isso, só pode), se priva do resto do mundo, e faz como os burros, com umas palas nos olhos postas depois de ter olhado para o lado.
Que isto de pôr cada coisa em seu sítio é muito bonito, e as palas nos olhos servem-lhe bem.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Merdas

A pior coisa que podem dizer a uma rapaz romântico, honesto, interessado, perspicaz e com um QI de 130 é que há coisas na vida dele que nunca será capaz de perceber porque é romântico, de aceitar porque é honesto, de ignorar porque é interessado, e de justificar porque é perspicaz e porque tem um QI de 130.
Que simplesmente "não vale a pena", com um encolher de ombros que o deixa ao mesmo tempo furioso, magoado, desarmado, impotente e resignado.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Mais um texto genial

Estava a ler a notícia de quem tinha dispensado no Benfica desta época, quando me lembrei desse mítico arruaceiro farrusco chamado Bynia, cujo paradeiro desconheço mas desconfio que continue a ser o Estádio da Luz. Infelizmente.
Tudo o que eu podia dizer sobre o Bynia já foi dito.
Está aqui.

Padrões

Estava a ver uma notícia de um aluno que tinha passado com 9 negativas porque coitadinho ah e tal que nasceu em mau ninho e tem problemas.
Lembro-me, no meu 8º ano, que uma colega minha, que eu vi nas primeiras duas semanas e que julguei que era só gorda, passou ao abrigo do decreto-lei XPTO: estava grávida.
Se no primeiro caso não conheço pormenores, no segundo estou mais próximo; nada se soube dela o ano inteiro, nem mesmo os professores davam importância à sua ausência, a partir de certo ponto. Toda a gente parecia ter aquela atitude bem portuguesa de quem encolhe os ombros e pensa "enfim, é a vida".
Ninguém com 9 negativas devia passar, nem nenhuma rapariga ninguém devia passar porque levou-no-pito-coitadinha. Até porque estão a prejudicá-los: presume-se que quem passa de ano sabe a matéria, logo, vai dar-se matéria mais complicada para o ano. Presume-se que os professores não vão ter que dar aulas ao ritmo de quem passou ao abrigo de decretos lei dos quais os outros alunos não têm culpa nenhuma.
Não se admite que no ensino público se julgue estar a beneficiar alguém por passar de ano IMERECIDAMENTE. Essas pessoas, não interessa que motivos tenham para ter tido maus resultados - ou não ter tido resultados de todo - não devem saltar etapas no conhecimento, deixá-lo mal sedimentado e ridicularizá-lo ao ponto de para ser conseguirem mais exames positivos que negativos de matemática no país se fazem perguntas de "quanto é dois mais dois", ou coisa que o valha. Não será assim, mas quase.
E os professores, tão compreensivos, tão ternos, tão queridos, que passaram o menino.
De facto, não é como a minha mãe diz, que "eu tenho padrões muito altos". Eu vivo é rodeado de gente que tem padrões tão baixos que me assustam - e se assustam com os meus.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Chama-se "falta de categoria"

Chama-se "categoria"



Eu ter-me-ía desmanchado a rir, mas o prestador do serviço teve muito nível.

No Porto

Na rua em frente de um restaurante concorridíssimo da cidade existem duas vias no mesmo sentido. Ambas dão para seguir em frente no final da rua, quando o semáforo abre, e quem quer virar à direita tem de estar na via da direita.
À hora do almoço, como a freguesia não tem mais onde pôr o carro senão ali, deixam-se os ditos estacionados na via da direita, num desrespeito pela linha amarela junto do passeio que atravessa toda a rua, até ao semáforo. A rua fica só com uma via, na prática.
Eram 15:30. Quase toda a gente já tinha almoçado e tirado os carros dali. Toda a gente, menos 3 condutores: o meu pai, com o carro no início da rua, o anfitrião, logo a seguir, e outra pessoa, que estacionou no último lugar antes do semáforo. Ou seja, estavam a duas vias livres a rua inteira, e quem chegasse com o semáforo vermelho não percebia por que razão o primeiro carro da fila não andava quando o verde caía, nem após insistentes buzinadelas - estava estacionado, não tinha ninguém dentro.
Que riso.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Em resumo, é isto

"Fazemos como for melhor para ti"

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sete beijos e um abraço :)

Metáforas do mundo feminino

Negativas

Baleia: gorda, tão gorda, que dói só de olhar.
Saco de batatas: é gorda, mas não o suficiente para ser uma baleia.
Vacas: há sempre pelo menos um homem numa sala em que ela entre que já a comeu.
Víboras: aquelas que tornam impossível a vida das outras mulheres que odeiam.
Sanguessugas: as que "chupam" o dinheiro ao marido.
Onça: ou "burra", cujo QI é igual ou inferior a 70. (Estatisticamente, em cada 50 há uma destas)

Positivas

Enguia: é magra, esguia e normalmente alta.
Cavalo: alta, segura de si e bem feita fisicamente. São cavalos porque quem lhes chama isso gostava de as "montar".
Coelhas: ou coelhinhas, são aquelas que são parecidas com as miúdas da Playboy.
Sardinhas: É uma enguia, mas baixinha e normalmente arrebitada, irrequieta.

Preciso da vossa ajuda para completar a lista, caso se lembrem de alguma. Obrigado :)

"No teu deserto", de Miguel Sousa Tavares

Lê-se de um trago.
Diferente da narrativa descritiva e sustentada em factos históricos que li nos dois livros anteriores dele, esta foi íntima, foi de uma crueza telegráfica, quase como quem se deixa cair numa cama impotente para alterar o que é já inalterável.
É uma lição de que a vida é curta, o tempo é relativo, e de que são as dificuldades que fazem as pessoas - em si - e que as fazem juntar-se também, nesse "ultrapassar em conjunto" que nunca se descreve convenientemente, apenas se vive.
É a prova de que nada há mais charmoso num homem que o assumir de cara levantada os seus defeitos, e também o que faz para os compensar. E o quanto é capaz de gostar de alguém.

Se Equador me deixou a pensar que nada na vida justificava acabar com ela, este livro, num plano mais profundo, deixa a sensação de que nada na vida devia ser justificação para não procurarmos a felicidade, quando sabemos onde ela está.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dá trabalho, dá.

Não querer ouvir, não querer saber, não querer falar;
Falar, falar, falar, sem ouvir;
Ouvir, ouvir, ouvir, e engolir tudo sem falar;
Ouvir e falar.

Aconselho a última.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Dez Mil

Já não pode ser um acaso.
Obrigada :)

Olha que Ele castiga...

Depois de ler esta notícia sobre Falcão, e dos rumores de que seguiria para O FC Porto, vieram à cabeça duas palavras que me fizeram sorrir, daquelas que me vão fazer ir parar ao Inferno quando morrer, tamanha a maldade do mesmo:
Tomislav Sokota.

Break a leg, Falcão.
Literally.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

domingo, 5 de julho de 2009

Ser bom e ser bonzinho

Estava a ver um filme hoje de tarde em que ela lhe diz:
"You're too kind for your own good"
e lembrei-me duma expressão que uma amiga minha usou num jantar aqui há dias que foi:
"ele é um querido, coitadinho!".

E é assim, doce demais enjoa e simpatia a mais prejudica (-nos).