quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Fazer sentido (definição em mudança constante)

Faz sentido não tudo o que tenha uma explicação lógica na altura, mas tudo o que não pareça completamente descabido em determinadas circunstâncias.
Porque as circunstâncias mudam e os sapos aparecem para ser engolidos, é nunca dizer nunca e definir pela negativa (sem perder os "padrõezinhos", como diriam os fedorentos).

It's not always black and white.
There are many shades of grey.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Chris Rock

Chris Rock really rocks :)
(O primeiro vídeo foi durante o governo de Bush, obviamente)


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Boas (tardes)!

Estamos no começo de uma aula e chegam duas miúdas ligeiramente atrasadas. O professor, já em discurso para nós, interrompe ao ouvir um
- Boa tarde professor
dito quase em surdina e responde
"Boas"!
Eram duas miúdas.
Lembrei-me do que o meu irmão costuma fazer quando chega alguém que diz "Boas", ele levanta os olhos e pergunta:
- Onde?
e isso fez-me sorrir apenas a mim.
Eu e os pormenores, nós damo-nos muito bem.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Dois tipos de pessoas

As coisas são sempre: no mínimo, tão complicadas quanto de facto o são; e, no máximo, tão complicadas quanto nós as pintamos. E não adianta estar a tentar definir o que se sente, porque só há dois tipos de pessoas: aquelas de quem nos custa estar separado, e aquelas das quais não custa.
E se não custa nós nem notamos, não lembra, não dói estar longe. Mas quando custa lá vem, quando as palavras são ditas de certa forma, quando o carro passa num certo sítio, quando a música é a certa, quando o perfume é igual, quando o que se lembra faz diferença mesmo que o que o lembre não faça, aí sim.
Ser grato é sentir a falta. E das pessoas que nos fazem bem, por muito que algum do nosso tempo tenha que ser passado apenas connosco, custa sempre estar longe. É por isso que os tempos que dedicamos a nós, individualidades, envolvem sempre tempo com quem nos faz bem: quem é que pensaria estar a fazer o melhor para si mesmo se se afastasse de alguém que lhe faz falta, que lhe faz bem?

Entretanto fiz anos

Pois é, fiz 21 no dia 13 último.
No meu caso é giro porque passo do melhor dia do ano para um dos mais deprimentes num só segundo, em que os casais parece que não são casais se não se oferecerem prendas ou jantares, ou coisinhas assim.
Muito honestamente, os namorados oferecem-se todos os dias. Não há quem mais receba, ou quem mais frequentemente receba, o ano inteiro. E se o dia deles existe, ou é porque gostam de gozar com quem não o tem - ia dizer "gozar com os pobres", mas reconsiderei - ou é porque as lojas, coitadas, precisam de vender.
Os dias existem para nos lembrar de coisas que normalmente esquecemos: o da árvore, o da criança, o dos avós, o da Liberdade, o de Portugal, etc... ora se nos esquecermos de quem nos acorda sempre que se mexe ao nosso lado em camas de pessoa e meia, isso é muito mau sinal.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Carta aberta ao senhor Pedro Proença

Caro Pedro Proença

Livre-se de me passar à frente nos próximos 50 anos.
Disso, e de tentar compensar este erro com benesses para o nosso clube, isto se lhe pesar a consciência mais do que lhe pesa a carteira neste momento.

Cumprimentos

Honestidade a mais

A honestidade a mais é um defeito.
Várias pessoas já me disseram "eu o que tenho a dizer digo na cara". Tudo bem: apenas alertar que há maneiras e maneiras de dizer, e que muitas vezes a pessoa nem sequer está interessada no que vamos comentar. É mais fácil perguntar: queres a minha opinião em relação a isso?
Isto tudo porque hoje vi alguém preparar-se para passar por cima duma zebra e dum duplo traço contínuo, ignorando uma placa de obrigação em virar à direita (o senhor queria ir para a esquerda), e sinalizando a manobra com o pisca. O da esquerda.
Muito à frente.
Eu vou cometer uma contra ordenação muito grave, mas ao menos vou sinaliza-la correctamente.
Haja honestidade.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Os instantes que decidem

O tempo é a coisa mais relativa que existe, quanto a isso não temos dúvidas. Todos temos experiência de anos que se esquecem ou segundos que se vivem para sempre. Mas anos e segundos são fracções do tempo longas demais para o que quero explicar hoje: exactamente essa inexactidão da medida de um palpite, de uma decisão instintiva, de uma reacção abrupta, de antecipação única.
Todos nós sabemos quanto dura: é longo demais para passar despercebido e curto demais para podermos pensar dentro dele - é o tempo de abrir a mão quando nos apercebemos que o copo vai cair, de cerrar os dentes quando sabemos que vem aí um estrondo que não podemos evitar, que congelamos de susto porque pensamos "vou bater!" e depois
PUM
na traseira do meco.
É, em certa medida, o único instante em que o tempo é nosso, precisamente por essa antecipação. No copo que partiu, e que apanhou toda a gente de surpresa, excepto a nós, por exemplo; é a falha de tempo que nos permite antecipar aos demais, onde levamos vantagem.
Lembrei-me disto porque fui ver a Académica ao vivo, no Domingo; e porque o momento dos golos que eu mais gosto é precisamente este... aquele que medeia o remate e a bola dentro da baliza, no qual abrimos muito os olhos, como se estivéssemos a dizer a toda a gente na bancada "vai entrar, caraças!"
sem tempo para dizer o que quer que seja.
É o "já está", o "já foste", o "tomaaaa!!!", vivido na 1ª pessoa, os braços já abertos quando toda a gente ainda salta na bancada, a arrogância de quem viu em plano privilegiado e verdadeiramente em directo, como se já soubesse o resultado.
São momentos onde se comprovam as forças e as impotências, onde se constata quão grandes ou quão pequenos podemos ser. E para o bem ou para o mal, esses são os instantes de tempo onde nos apercebemos de repente que já ninguém pode evitar nada. Vai acontecer.
São os instantes que decidem.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Tudo tem uma explicação

Os amigos mais chegados vão reconhecê-las, porque algumas delas estão aqui.
São frases míticas, postas naturalmente no que queremos dizer, e que só as pessoas que as conhecem sabem identificar. A maior parte delas não se nota, e quem desconhece não percebe por que razão elas provocam sempre um sorriso ou uma gargalhada, quando aparentemente nada de especial foi dito.
É muito mais do que um vídeo: são histórias que só nós conhecemos, muitas, muitas mais do que esta apenas. São momentos que nunca ninguém gravou a não ser nós, na memória. São expressões que podemos dizer no fim do mundo, mas que dizemos entre amigos, e que percebemos entre amigos, e que nos identificam. E depois disso, nós não passamos a ser os "erguidos", mas sim os culpados de termos tido uma juventude com todo o tipo de personagens, com as quais aprendemos - e rimos - muito mais do que se pode explicar, ou gravar.

(De notar a presença do overcraft mais mediático de Portugal, mesmo no final da reportagem)

Não entres no mundo da droga :P