segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Dois tipos de pessoas

As coisas são sempre: no mínimo, tão complicadas quanto de facto o são; e, no máximo, tão complicadas quanto nós as pintamos. E não adianta estar a tentar definir o que se sente, porque só há dois tipos de pessoas: aquelas de quem nos custa estar separado, e aquelas das quais não custa.
E se não custa nós nem notamos, não lembra, não dói estar longe. Mas quando custa lá vem, quando as palavras são ditas de certa forma, quando o carro passa num certo sítio, quando a música é a certa, quando o perfume é igual, quando o que se lembra faz diferença mesmo que o que o lembre não faça, aí sim.
Ser grato é sentir a falta. E das pessoas que nos fazem bem, por muito que algum do nosso tempo tenha que ser passado apenas connosco, custa sempre estar longe. É por isso que os tempos que dedicamos a nós, individualidades, envolvem sempre tempo com quem nos faz bem: quem é que pensaria estar a fazer o melhor para si mesmo se se afastasse de alguém que lhe faz falta, que lhe faz bem?

3 comentários:

Anónimo disse...

É bem verdade que o pouco (ou muito) tempo que temos para nós próprios é usado na maioria dos casos a pensar nessas pessoas, naquelas que nós fazem falta, naquelas de quem nós gostamos, aquelas de quem nos custa estar afastados, como dizes, e muito bem... E é bem verdade "se não custa, nós nem notamos"...
Mas nem sempre quem nos faz falta é quem nos faz bem...
Mas que diferença isso faz? Nós nascemos para viver momentos tanto de felicidade, como de tristeza, dor! E se esses momentos não existissem nem nos dariamos conta dos bons momentos...
E a verdade é que quem mais nos "faz sofrer" (coloco entre aspas porque esta poderá não ser a melhor classificação para o sentimento), é em quem mais nós pensamos, é de quem mais sentimos falta, é quem mais amamos!
Mas, mesmo com dor, VALE A PENA AMAR!

Carlos disse...

No texto não está nunca escrita a palavra amor! Tal como dizes, nem sempre quem faz falta faz bem, mas só faz sentido querer estar junto de quem nos faz bem. Ou seja, para mim, mesmo que se tenha essa vontade, não vale a pena estar com quem nos faz sofrer, como dizes.
É verdade que os maus momentos valorizam os bons, mas não vale a pena tê-los só para esse efeito: eu prefiro mesmo gostar de quem gosta de volta e o demonstra da melhor maneira, e esquecer o resto.

Anónimo disse...

Eu tambem gostava de ser assim... Mas não mandamos nas nossas vontades!