terça-feira, 8 de julho de 2008

Tudo ou nada

É como ter um match point no ténis: só falta um pontinho, um mísero ponto comparado aos que já conquistámos antes. Apesar de termos servido bem no encontro, temos de bater a bola 25 vezes no chão para que a mão não trema. Caso acertemos, é a glória.
Caso falhemos, o que está para trás deixa de ter valor. Possivelmente, podemos perder o jogo e dizer "ao menos estive perto", o que saberá sempre a pouco.
Falhar um match point significa adiar algo que outros poderão ter como certo, mas que para nós só se conquista efectivamente depois de o acertarmos.
Digamos que posso vencer este torneio sem nunca ter cedido um set, mesmo que em alguns jogos o meu ténis possa não ter sido brilhante. Digamos que posso um dia contar aos meus netos que tirei um curso superior sem deixar nenhuma cadeira para trás, mesmo que lhes diga que segundo os seus bisavós isso "não era mais do que a minha obrigação".

Para isso, falta o match point. Que virá, mais cedo ou mais tarde, mas que eu quero que venha mais cedo. É amanhã. História Contemporânea.

Quiet please, the game is about to start.
Thank you.
Carlos to serve.

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