quinta-feira, 26 de junho de 2008

Loucura

Gosto de pessoas loucas, que dizem quantidades industriais de merda e são inteligentes, que se fazem de parvas mas o fazem de propósito, que gozam com o que levam a sério, que brincam com aquilo que alguém leva muito a peito respeitando a opinião dele, que fazem coisas inexplicáveis para quem não é louco e razoáveis para quem o é também, que são capazes de amar perdidamente porque sim e de se darem o peito às balas mesmo sabendo proteger-se.
Gosto de quando dizem "ya, bora lá" a um desafio que alguém são não aceitaria, quando têm razões para gostar de algo totalmente diferente da generalidade.
Diferentes da generalidade.
A loucura sã, vulgo pancada nos cornos, será uma lufada de ar fresco no marasmo que é gente sempre igual, com mesquinhices iguais, com ideias iguais, com objectivos razoáveis e seguros, num mundo que tentam explicar côr-de-rosa às bolinhas.
E para essa gente pessoas loucas fazem muito pouco sentido - pode até ser que fiquem com má impressão delas, que as critiquem e ao seu "descabimento".
Aquilo que os ingleses chamam pensar "out of the box", com, mais do que pontos de vista, horizontes diferentes, ou maneiras diferentes e abertas de os expressar - eis aquilo que mais me atrai em alguém.

A loucura é condição necessária - se bem que não suficiente - à genialidade.

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