quarta-feira, 16 de junho de 2010

O carro

O carro é novo. Uns dias e pronto, a esquina do prédio faz uma entrada a pés juntos, para cartão vermelho, e vai direitinha ao lombo direito. Fica o veículo com uma fractura exposta junto à roda traseira. O carro vai para arranjar. Quase duzentas moedas de euro. O carro parece novo. Estacionamento no fórum, num dia como tantos outros, aborrecidos de tão iguais. Carro ao poste.
E nem o dano soube fazer. A arranhadela era muito mais pequena do que a primeira, mas atravessava, à patrão, duas peças do dito veículo de quatro rodas. Saldo: quase trezentos oreos. Paga e cala.
TREEEEE-ZENTOS? Naaaaaa. A tia patinhas, com os seus tiques de poupança, decide não abrir os cordões à bolsa. Prefere andar com o carro naquele estado, tão raro com a sua mordidela de pantera. Até que, num belo dia, leva com um autocarro da Turilis em cima, toma lá que já almoçaste, cheque ao rei, duas portas 'down' e um grandessíssimo susto. Mil e duzentos euros de despesa, pagos pela seguradora do bus, sim porque não há azar que dure sempre.
Vai o veículo das quatro rodas para arranjar. Duas semanas. Já agora, arranjem aí a arranhadela do felino, que eu pago as trezentas moedas de um euro.
Um par de dias e puff. Alguma alma, no estacionamento, decidiu que a traseira do meu carro não estava bem como estava. E o resto.... o resto é história. Num ano, o meu carro já sofreu mais faltas para cartão do que o João Pinto na sua melhor época.

Yo no creo en brujas pero que las hay las hay.

(Cat.)

1 comentário:

Carlos disse...

Metáforas futebolísticas... adoro :)