segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sobre a Teoria dos Jogos

Estive a ler sobre esta teoria, o dilema do prisioneiro e outros jogos em que a potencial colaboração entre duas pessoas, sendo que cada uma delas não sabe o que vai fazer a outra, é sempre melhor que os resultados que alcançariam de forma egoísta, e muito melhor do que se forem ingénuos e confiarem erradamente na outra pessoa.
Neste dilema, sobre o qual vocês podem rapidamente pesquisar, o prisioneiro que fosse ingénuo, guardando a verdade sobre o seu cúmplice e sendo denunciado por ele ficaria 10 anos preso. Caso se denunciassem mutuamente, passariam 5 anos cada um, e caso se protegessem mutuamente apenas passariam 6 meses presos cada.
Neste caso sinto-me tentado a dizer que dificilmente esconderia a verdade, a não ser que confiasse muito na outra pessoa (cúmplice de crime).
Mas na vida, para o bem e para o mal, não há penas assim tão pesadas a cumprir. Ninguém que me desiluda me faz passar 10 anos preso, mesmo que se liberte mais rápido do que eu. Ninguém me convence de que se pode escolher o melhor para nós sem sequer pensar no que será melhor para os dois. Ninguém me convence que o melhor para mim é mesmo o melhor para mim.
E ninguém me consegue explicar por que merda de razão não se há-de tentar uma vez que seja, sem fazer fantasmas e sem criar medos de anos de prisão que teremos se correr mal, anos esses que vamos ter de qualquer forma, se apenas nos limitarmos a seguir sozinhos pelo mundo.

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