segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O Carlos Martins e eu.

Enquanto assisto a jogos do Benfica, tenho de me esforçar para não falar.
Principalmente em público.
E principalmente quando joga o Carlos Martins.
Lembro-me bem do jogo no Restelo em que ele entrou e levou dois amarelos em 20 segundos de tempo útil de jogo. Lembro-me das inúmeras lesões musculares que ele teve (e ainda tem e há-de ter). Lembro-me de dizer, quando ouvi que ele vinha para o Benfica, que ia deixar de apoiar o Benfica quando o Carlos Martins jogasse.
Ele desespera-me.
Este jogo com o Guimarães foi só um jogo, mas ele é sempre assim. Ora se espera uma bomba do meio da rua ou que reclame com um colega que não passe a bola ora se o vê a levar amarelos porque se ri do árbitro ou porque se lembra de pôr a mão à bola ou porque não percebe que já não chega a tempo à bola ou por uma outra infantilidade qualquer.
Não gosto de alguém que me surpreenda pela positiva para depois me espantar e desiludir com a coisa mais ridícula e que menos faz sentido - e que se repercute em muito mais do que em si mesmo. É como pintar o mais belo dos quadros e borrar a pintura toda depois. Por sorte o Guimarães não empatou o jogo, mas é por coisas destas que se perdem campeonatos.
Portanto vou aproveitar o melhor momento do Carlos Martins no Benfica para reiterar que lhe falta o que o Coentrão levou esta época: uma lavagem cerebral, que o faça ter a calma suficiente para discernir entre querer ganhar ajudando a equipa ou querer ganhar prejudicando-a. E que, enquanto faltar isso, ele não serve.
Não é tão difícil assim.

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