sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Formas de comunicação

Quando recebemos uma mensagem escrita, uma carta ou outro tipo de mensagem que só contenha texto (e onde nos falte uma imagem); quando só vemos uma imagem - que pode ser daquelas que vale mais que mil palavras - pode, mesmo assim, faltar uma explicação escrita (quem disse que mil palavras chegavam?); quando temos texto e imagem, ou quaisquer outros dois conjuntos, a ambiguidade existe. E multiplica-se: porque se até aqui a má interpretação podia residir num ou noutro, agora podem até singularmente fazer sentido mas em conjunto resultar mal, isto é, não satisfazerem uma coerência a que estavam obrigados, podendo nesse caso ser acrescentada comunicação verbal (acontece com anúncios publicitários, a vozinha off sempre lá bem presente...)
Mesmo tendo som, imagem e podendo ver os gestos e trejeitos duma pessoa, como numa videoconferência, continua a faltar-nos o contexto, quer espacial quer temporal - quem é que, por exemplo, nunca se riu da cara dum presente quando se lança uma private joke que ele não entende?
Não há dúvida que enquanto houver comunicação vão sempre haver mal-entendidos, mas na minha opinião eles tendem a diminuir na razão inversa destes 3 factores:

1. A expressividade natural da pessoa (até que ponto ela quer mostrar / não consegue esconder os seus estados de espírito);
2. A capacidade que essa pessoa tem de ser coerente entre o que quer fazer passar e o que realmente faz passar (em palavras, gestos, imagens, movimentos, sons, etc, etc...);
3. O número de veículos segundo os quais se pode comunicar (exemplos em cima);

Para mim, é sempre melhor pessoalmente (3.), com alguém que não tenha medo de mostrar como vai (1.) e que saiba quando e como ouvir e ser ouvido (2.), sem nunca utilizar aquela estúpida expressão do "ai, sabe lá você, nem tenho palavras para descrever aquilo!"

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