terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O caso Sá Pinto

Sá Pinto é um homem, e todos os homens erram. Não obstante, Sá Pinto é um homem que, quando erra, erra em grande.
Primeiro porque quando erra toda a gente sabe, ou toda a gente acaba por saber, ou seja, porque o erro tem um impacto potenciado pelo número de pessoas que se apercebem dele e pelo pormenor com que ele é relatado; depois, e fundamentalmente, por ser um erro já cometido e do qual já devia ter tirado melhores ilações.
Foi uma estupidez, e não foi a primeira. Diz-se que à segunda só cai quem quer, e é isso que me preocupa. É que se o Sá Pinto quer fazer carreira como líder, tem de moderar esta vontade de dar nos cornos a toda a gente: para além de todas as coisas óbvias que podiam dizer-se aqui, e que vocês já sabem, se no caso do Artur Jorge ele não podia fazer mais nada, neste ele era superior hierárquico do Liedson: com um bocadinho mais de calma e de jeito via-se livre dele mantendo a imagem e sem demasiado esforço, se de facto o quisesse queimar.
Porém, devo dizer que como benfiquista e pessoa com especial gosto pela ironia sinto-me bastante contente com o bom gosto de Sá Pinto em escolher os seus alvos: se o primeiro destruiu a equipa do Benfica em dois anos, depois do título de 94, o segundo destrói constantemente a defesa do Benfica, tendo um gosto especial em marcar contra o Glorioso.
Por isso, senhor Sá Pinto, amigo do coração, aconselho-te a repensares esses impulsos para bem da tua carreira como dirigente. E caso não estejas interessado... não achas que o Falcão tem mesmo carinha para levar uns sopapos? Pensa lá nisso.
A malta agradece.

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