domingo, 13 de abril de 2008

Coimbra


Já diz um fado teu que chega a ter saudades tuas quem em ti nunca viveu.
Isso, meu amor, minha Coimbra, é porque és mais que uma cidade, mais que uma casa, mais do que o lugar onde vivemos: és o palco onde aprendemos a ser e a estar; onde encontrámos a possibilidade de crescer em conhecimento e em sabedoria: ensinaste-nos muito mais do que o que aprendemos nos livros, numa experiência que teve tanto de excitante e grandiosa, quando a ti chegámos, caloiros, famintos e receosos do que nos oferecerias, como de gratificante à medida que te fomos conhecendo e reconhecendo em nós.
Mais do que onde e quando, é o que e como: somos pessoas diferentes - e melhores - por tudo o que nos fizeste passar. Somos capazes de amar agora: a ti, amante ao mesmo tempo partilhada por todos os que passaram no leito que são as tuas calçadas e fiel a cada um de nós; às pessoas que se revêem na tua maneira de sentir e de abraçar o mundo com uma força que te vem de dentro.
És, meu amor, minha Coimbra, a companheira de toda uma vida: o teu brilho não se reflecte apenas nas águas do Mondego, mas no que as outras pessoas sentem para connosco: os nossos pais e familiares, alguns deles teus amantes já também, que nos deixaram conhecer-te, e a quem por isso e por todos os restantes sacrifícios estaremos eternamente agradecidos; aos amigos, companheiros na descoberta e na surpresa, confidentes no sorriso e no olhar, muito para além do final da vida académica; aos amores, que nos completam e nos guiam segundo os teus valores, os nossos valores afinal.
É, por isto, meu amor, minha Coimbra, que deixas saudade.
Porque toda és em nós e todos nós fomos em ti - e assim será.
Sempre.

3 comentários:

joana g. disse...

Sem mais nada a acrescentar,
ta td dito :) *

joana g. disse...

acho q é um ciclo vicioso ;)

Anónimo disse...
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