sábado, 5 de abril de 2008

A Pessoa Perfeita - Parte 4 - A Empatia

Estado de alma;

Capacidade psicológica para se identificar com o eu de outro, conseguindo sentir o mesmo que este nas situações e circunstâncias por esse outro vivenciadas.

Até ter percebido este verdadeiro significado de empatia, tinha-me sido transmitido que ela tinha muito a ver com simpatia e até alguma disponibilidade para ajudar uma pessoa.Empatia - pensava eu - era "ir com a cara da pessoa", duma forma muito minimalista.

Na verdade, empatia é o primeiro passo da compaixão, mas não a requer obrigatoriamente.

Se para percebermos o que uma pessoa sente devemos colocar-nos segundo o seu ponto de vista, isso não quer dizer que o partilhemos, que não tenhamos o nosso, que nos sintamos - ou nos fôssemos sentir - da mesma maneira que ela naquela circunstância.

O que quer dizer apenas, é que somos de facto capazes de pensar como ela, por momentos, de ver causas e consequências segundo a sua perspectiva, de adaptar a maneira como nós reagiríamos no caso dela de maneira a chegarmos à maneira como ela irá reagir.

Se bem que a compaixão é o mais nobre dos sentimentos, ela não é tão importante quanto a empatia, por várias razões muito simples:

1. porque há pessoas que não a merecem;

2. porque sem empatia não há compaixão;

3. porque é um exercício pessoal, no sentido em que nos torna mais aptos a resolver problemas, ou a tentar resolvê-lo da melhor maneira - e assim evitar que tenham de ter compaixão para connosco.

Empatia não nos torna menos fiéis aos nossos princípios, nem mais flexíveis em relação a outros.

Mas é a competência que nos permite explicar o que numa pessoa achamos que não faz sentido e perceber "por que raio de razão" ela fez o que fez ou deixou de fazer.

Mesmo que digamos depois "eu não o faria".

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