domingo, 30 de novembro de 2008

Quando é?

Neste filme, discutia-se este assunto: se se pudesse saber a data em que morreríamos, escolhíamos saber?
Se bem me lembro, lá dizia que, segundo um inquérito feito, a maior parte das pessoas escolheria a resposta sim. A própria personagem interpretada por Morgan Freeman - um negro que apesar de trabalhar numa oficina de automóveis era extremamente culto - admite que teria respondido sim a essa pergunta, caso tivesse sido inquirido.
O filme explora a diferença de opinião dele agora que sabe: diagnosticado com uma doença terminal, essa data passa a existir verdadeiramente e ele compreende que o melhor mesmo é não se saber.
Já antes eu tinha pensado sobre isso; quando fui ao cinema vê-lo, logo que a pergunta foi posta a primeira vez eu pensei "não". Não, não quero saber, e acho óptimo não se saber. Se já sem saber temos medo, depois teríamos muito mais. E mesmo que faltasse muito tempo, tínhamos muito mais noção do quão depressa ele tinha passado até então.
Tudo isto terá talvez a ver com a minha maneira de ser em relação a quase tudo. Primeiro que aconteça, e depois se verá: sofrer por antecipação é errado; sofrer por antecipação uma vida inteira seria atroz.

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