quarta-feira, 8 de outubro de 2008

As "Gajas Boas"

Só quem nunca teve (pelo menos) uma é que não sabe o que é (Quem de nós nunca teve 16 anos?).
É ela... giraça como nunca vimos, torneada como nunca experimentámos, que nos acha uma piada que nós
como é que é possível?, tenho imensa sorte!
e que nos faz experimentar coisas que nós pensávamos impossíveis.

Só quem já teve (pelo menos) uma é que sabe o que vai dentro daquelas cabeças (areia...?) - sim, porque as "gajas boas" a que me refiro são essas. Não são as mulheres elegantes que juntam a beleza à personalidade naquela maneira resplandecente de parecerem mais bonitas ainda, são as boas-boas-e-acabou. São aquelas que alguns gajos olham e dizem "EIA, tão boa!", a salivar no canto da boca com ar de rebarbado.
Esses senhores nunca tiveram nada daquilo. Porque o que eles julgam perfeito para uma noite se torna impossível de aturar mais do que isso; porque não aprenderam ainda que quem vê caras não vê corações - por mim falo quando digo que já me sacrifiquei demais por quem não merecia.
E digo-vos mais:
como é que é possível?, tenho imensa sorte: felizmente não vou morrer parvo, porque já as tive; "been there, done that". Tive-as, sim, é esse o termo. Até podem de fachada dizer alguma frases bonitas cujo significado desconhecem, mas para quem vai passar mais de uma noite - ou seja o que for - com elas não há truques possíveis.
E é por isso que hoje quando ouço "EIA, que gaja boa!" sorrio e me lembro que há muito mais para além disso... sem querer parecer esquisito, isso não chega. E aparte poder vir a apreciar uma mulher muito mais depois de a conhecer, e de eventualmente poder achar que sim, que ela tem potencial para me levar (e estamos a falar de ser comigo em vez de me ter apenas), quando a vejo eu digo:

Sim, pode ser bonita. Mas... e daí?

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