quarta-feira, 22 de outubro de 2008

As assobiadelas

Há dias estava eu num espaço público desta cidade, com vários amigos entretidos sabe Deus com quê, e eis senão quando entra no mesmo espaço - e vêm para o nosso lado, mas ligeiramente virados de frente, - um casal.
E que tem isto de mais? Ora bem, não era um casal qualquer... era um daqueles em que ela é a miúda bonita e jeitosa, altiva e de olhos rasgados, quase exótica, que passa e que fornece placagens mentais ao raciocínio dos membros do sexo masculino à volta; e ele o tónhó.
O tónhó, sim.
E eu que ah e tal, que não gosto de ser assim porque cada um é como é e eu não tenho nada que julgar, e o rapaz até pode ser bom noutras coisas - leia-se: cama - ou um gajo daqueles porreiros como não há mais e que a entendesse e aturasse como nenhum outro - e aqui, eu e um amigo (que magistralmente ter-me-á chamado a atenção para a pertinência da palavra "assobiadelas" para descrever proeminente parte do seu tronco) ponderámos que enfim, talvez fosse só ela que tivesse mau feitio e pronto.
Mas não parecia nada! Eu juro.
Dez minutos - nem isso - depois, num estalar de verniz já por si delicado, por ser um estalar de verniz, mas principalmente por ser em público, ela põe em causa o que ele aprendeu na escola primária (eufemismo aqui, viram?), todos nos apercebemos
- e armados em bem-educados fingimos que não, que não se passa nada -
e acaba pouco depois, com ele já sem responder, encolhido como que dizendo "eu já parei, pára tu também por favor" e retomando a tarefa anterior como se nada fosse.
E eu e um amigo meu, como que concordando em surdina - Raios, não parecia mesmo nada! - mudámos de opinião radicalmente: para que ele aturasse aquilo, a boa na cama só podia ser ela.
Só podia. Ou então, era muito tónhó :P

1 comentário:

Rosa disse...

Atura-se tudo por uma boa queca?! Raisparta os homens!!!